Matheus dos Santos Guerra, 22 anos, se apresentou no final da manhã desta sexta-feira (16), no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho em Feira de Santana, acompanhado de um advogado e familiares.
O jovem é suspeito de ter envolvimento na morte do policial militar Marcos Douglas de Oliveira Evans Júnior, na noite do último domingo (11), enquanto participava de uma festa no bairro Rua Nova.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Rodolfo Faro, informou que o jovem não foi apontado como autor dos disparos, mas possui amizade com os envolvidos no crime.
“Ele não foi apontado como autor dos disparos, o qual já foi identificado e já teve sua prisão temporária decretada. Ele estava no momento dos disparos, em companhia do atirador e da outra pessoa que foi pivô deste crime, que se envolveu com uma agressão com o PM. Então, neste momento, ele foi apresentado e interrogado, mas a Polícia trabalha nas investigações para saber qual foi o motivo dessa discussão. Ainda temos oitivas, pessoas que não foram ouvidas para finalizar estas investigações”, contou.
O próximo passo agora é localizar as outras duas pessoas envolvidas no crime.
“As autoridades entenderam que foi necessária a prisão de todas as pessoas envolvidas, que culminou na morte do PM. Todos já foram identificados, e a Polícia trabalha no sentido de localizar as outras duas pessoas, tanto o atirador, quanto o que se envolveu na confusão. A princípio, o interrogado nos disse que é amigo dos dois, ele estava no momento, relatou todas as circunstâncias, mas a Polícia precisa ouvir os demais para confirmar o fato”, confirmou.
O que diz o investigado
Ao Acorda Cidade, Matheus dos Santos Guerra, informou que não presenciou o momento do crime, apenas escutou os disparos.
“Eu estava na festa, mas não tenho envolvimento nenhum, apenas escutei os disparos. Eu pedi ao advogado para ser apresentado, porque minha foto estava sendo compartilhada nas redes sociais, mas eu sou inocente. Me apresentei ontem, e o delegado pediu que retornasse hoje, com a ciência que eu seria preso. Quando compartilharam minha foto, até pense em fugir, mas estava com medo”, relatou.
De acordo com o advogado, Ubiratan Queiroz Duarte, a informação da prisão temporária já tinha sido anunciada.
“Eu já tinha recebido a informação sobre a prisão em juízo, então trouxemos ele na quinta-feira, ele se apresentou, mas o delegado pediu que ele voltasse hoje, sabendo que já teria o mandado de prisão temporária. Ele agora fica preso por 30 dias, mas ele se diz inocente, não tem nenhum envolvimento na morte. Eles são apenas amigos, estavam na festa, até porque são jovens, todos nós sabemos, e no momento, ele informou que apenas escutou os disparos, tanto que no momento da correria, ele perdeu o celular. Essa prisão temporária também tem como objetivo preservar a vida dele, pois no momento que estávamos vindo, um carro cinza estava nos acompanhando, então só parou de seguir, porque entramos aqui no complexo”, informou. (BN)