O diretor do Departamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Igor Vilas Boas de Freitas, informou nesta quarta-feira (24) que a distribuição de 100% do lucro do FGTS aos trabalhadores a partir deste ano vai gerar um rendimento superior à variação da poupança.
A medida foi anunciada nesta quarta, junto com o anúncio da liberação dos saques de contas ativas e inativas do FGTS.
Pela regra atual, somente 50% do lucro são distribuídos. Com isso, o rendimento ficou abaixo da poupança em 2017, quando a regra começou a vigorar, mas em 2018 o rendimento foi próximo ao da poupança.
As contas do FGTS rendem ao menos 3% ao ano, como previsto em lei. Além disso, recebem a TR (Taxa Referencial, uma taxa de juros calculada pelo Banco Central) e um percentual daquele lucro líquido sobre o exercício anterior.
A novidade começará a ser aplicada ainda neste ano, quando os R$ 12 bilhões de lucro do FGTS, em 2018, serão distribuído integralmente aos trabalhadores – a partir do mês de agosto.
“Haverá distribuição integral de resultados. Vai passar a superar a poupança um pouco e com isso a gente consegue reequilibrar os dois objetivos que vinham em certo desbalanço [de rendimento ao trabalhador e de financiamento à casa própria e saneamento básico]. É uma medida muito importante que compõe o conjunto de medidas de reformulação do FGTS”, declarou Vilas Boas de Freitas.
Segundo ele, o trabalhador tem perdido poder de compra devido à baixa remunerção dos recursos lá aplicados. “Aconteceu ano passado e com o passar do tempo. Com essa reforma, vamos ver o efeito”, afirmou.
De acordo com o diretor, que também é presidente do Conselho Curador do FGTS, o fundo também cumpre outro objetivo, que é apoiar a habitação popular.
“Ao oferecer condições mais vantajosas, vários projetos de infraestrutura se tornam viáveis. Mas há de se ter equilíbrio com relação a isso”, concluiu Vilas Boas. (G1)