O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse, em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), que conheceu o miliciano e ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Adriano da Nóbrega, em instruções de tiro. A informação é do jornal O Globo.
Acusado de chefiar a milícia Escritório do Crime, Adriano morreu no dia 9 de fevereiro em um confronto policial na zona rural de Esplanada (BA). O ex-policial era próximo de Fabrício Queiroz, ex-assessor do gabinete de Flávio.
“Conheci Adriano dentro do Bope, ele me dando instrução de tiro. (Conheci) Por intermédio do Queiroz, que serviu com ele no batalhão, não sei qual. Sempre fui um parlamentar que gostei de conhecer os policiais que iam para o combate, do dia a dia da rua, para o trabalho mais arriscado”, disse Flávio, em depoimento no dia 7 de julho.
Queiroz e Capitão Adriano se conheceram em 2003, quando serviram juntos no 18º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro homenageou Adriano com uma comenda da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Adriano estava preso à época, acusado de homicídio. Flávio disse, ainda, não possuir qualquer ligação com a milícia e desconhecer as suspeitas contra Adriano.
Em nota divulgada ontem (9), a defesa de Flávio Bolsonaro afirma ver com “perplexidade” a ocorrência de “vazamento das peças e áudios do procedimento que tramita sob sigilo”.
O MP-RJ sustenta que Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz são os líderes de um esquema de “rachadinha”, que consiste no desvio de parte dos salários de assessores nomeados na Alerj, sendo vários deles funcionários fantasmas. Flávio e Queiroz sempre negaram as acusações. (Metro1)