O senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou “não fazer sentido” o pai, Jair Bolsonaro (PL), adulterar o cartão de vacinação. A declaração do parlamentar ocorreu nesta quarta-feira (3), no plenário do Senado, horas após a operação da Polícia Federal para cumprir mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente.
“Alguns países exigiam que se apresentasse o comprovante, mas ele, como presidente, como chefe de Estado, nunca precisou apresentar cartão em lugar nenhum. Nunca tirou do bolso nada para comprovar que ele tivesse vacinado. Até porque era público que ele não tinha tomado vacina e ele arcou com o ônus e bônus disso. Então, não faz nenhum sentido o Bolsonaro adulterar um cartão de vacinação”, disse Flávio na ocasião.
De acordo com a Polícia Federal as fraudes foram possíveis por meio de um esquema montado na na Prefeitura de Duque de Caxias, onde o secretário de Governo, João Carlos de Sousa Brecha teria incluído os registros falsos no sistema de saúde.
No relatório divulgado pela PF, os documentos foram emitidos a partir de endereços de IP do Palácio do Planalto, sendo três em 22, 27 e 30 de dezembro de 2022.
Sobre a meia-irmã, Laura, Flávio Bolsonaro justificou que a adolescente não poderia ser vacinada contra a doença por recomendação médica. O registro de vacinação da jovem foi inserido no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022, sendo apagado seis dias depois por um suposto “erro”.