Governador da Bahia nega intervenção federal no estado, mas admite possibilidade: ‘Se precisar, não terei problema’

Jerônimo Rodrigues iniciou celebração do 7 de setembro, nesta quinta-feira (7), no Campo Grande.

Foto: Rafael Martins/GOVBA

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, negou que vai pedir intervenção federal na segurança de Salvador, após os casos de violência registrado na última semana, na capital baiana. No entanto, o gestor admitiu a possibilidade de tomar a medida, no futuro, caso ele entenda que precise.

“Se precisar, não terei problema, mas não há ambiente agora para a gente poder duvidar [da segurança da Bahia]. Não é preciso a intervenção do governo federal no estado da Bahia. Estamos tranquilos e firmes com isso”, disse o governador.

O depoimento foi relatado antes de Jerônimo Rodrigues participar do hasteamento da bandeira, antes do tradicional desfile do 7 de setembro, na Praça do Campo Grande, nesta quinta-feira (7).

“A Polícia Civil, a Polícia Militar, a nossa fala é uma fala máxima de segurança. Mas já estamos tendo uma parceria com a Polícia Federal, tanto na inteligência quanto nas intervenções feitas”, pontuou.

As diversas trocas de tiros e ações com 17 reféns liberados têm feito moradores do bairro do Alto das Pombas, em Salvador, deixarem as suas casas. Desde domingo (3), 11 pessoas foram mortas em confronto com a Polícia Militar e oito foram presas no Alto das Pombas e Calabar, bairro vizinho. Mais de 15 armas foram apreendidas.

Os registros de tiroteios intensos começaram na noite de domingo, na região do Alto das Pombas, e seguiram no bairro vizinho, Calabar, ao longo da segunda (4) e terça-feira (5).

Com os últimos registros, o balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) entre segunda e quarta-feira é de:

  • 11 pessoas mortas
  • 8 pessoas presas
  • ações com 17 reféns, que foram liberados sem ferimentos
  • Apreensão de 6 fuzis, 11 pistolas e granadas

Segundo a PM, todas as mortes contabilizadas são de pessoas que tinham envolvimento com facções criminosas.

A violência na capital é, inclusive, atribuída ao crescimento desses grupos, segundo o Secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner. A declaração foi dada em coletiva, após reunião da cúpula da Segurança Pública com o governador Jerônimo Rodrigues.

Na quarta-feira, o secretário faltou a dois chamados da Assembleia Legislativa do estado para prestar esclarecimentos aos deputados estaduais que formam a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Alba. Marcelo Werner é aguardado há seis meses na casa legislativa.

Sobre a onda de violência na cidade, em nota, a SSP-BA informou que mantém as ações de inteligência e repressão qualificada em todas as localidades onde houve registros de tiroteios ao longo desta semana.

(g1)

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