O governo da Bahia criticou a administração federal por não liberar novos recursos para socorrer os 155 municípios baianos em situação de emergência decorrente das fortes chuvas que deixaram 27 mortos e 86 mil desabrigados.
Segundo a gestão estadual, a portaria de nº 80 do Ministério da Saúde publicada no Diário Oficial da União, na sexta-feira (21), anuncia “recursos velhos como se fossem novos”, “uma antecipação de recursos que já eram de direito dos municípios e se desconta ao longo do ano”.
A portaria ministerial em questão prevê que “o gestor municipal de saúde poderá manifestar interesse pelos percentuais de dedução mensal de 30%, 30%, 20% e 20% ou 40%, 30%, 20% e 10% dos valores [antecipados]”. O total estimado para essa antecipação é de R$ 104 milhões para 155 municípios baianos.
“É com surpresa e espanto que vemos essa atitude. São mais de 800 mil pessoas afetadas e os municípios encontram-se com estruturas arrasadas, sendo necessário recursos adicionais, não uma antecipação do que já era de direito das prefeituras. O Governo da Bahia tem recuperado pontes, estradas, enviado insumos, medicamentos e profissionais de saúde com recursos próprios e até o momento, o Ministério da Saúde enviou apenas 58 médicos dos 109 prometidos”, afirmou a secretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim.
As inundações provocaram, entre outros estragos, a perda de equipamentos, insumos e até a destruição de Unidades Básicas de Saúde. Diante do quadro, os municípios lutam para reestruturar os serviços essenciais de saúde e evitar doenças como leptospirose, Dengue, Chikungunya, Influenza A e Covid-19 na população.
Fonte: Bahia.ba