O Governo do Estado passa a investir, a partir de agora, R$ 116 milhões por ano para acelerar o processo de regulação de pacientes. A principal ação é o Programa de Cofinanciamento Estadual na Atenção Especializada às Pessoas com Doença Renal Crônica, lançado pelo governador Jerônimo Rodrigues no auditório da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com a presença da secretária da Saúde, Roberta Santana. O investimento vai ser direcionado a parcerias com as clínicas de hemodiálise, e também ao transporte de pacientes, à contratação de médicos para a regulação e na ampliação do serviço de oxigenoterapia domiciliar.
“Com o Programa nós vamos garantir que as pessoas que tenham problema crônico renal possam ser atendidas de imediato. E assim o impacto nos níveis da regulação, pois vamos desobstruir os leitos. A Sesab está fazendo o diálogo para que naqueles lugares que não há o serviço de imediato, localizar quais são as prestadoras, as clínicas e hospitais que realizam isso e nos credenciar”, explicou o governador.
A secretária Roberta Santana conta como vai funcionar o programa. “O Estado está fazendo uma complementação do valor das sessões de hemodiálise, o que vai ampliar e qualificar muito o acesso”. Segundo ela, esta é uma primeira análise para melhorar e qualificar o acesso dos pacientes e usuários. “Com a ação do cofinanciamento, nossos 132 pacientes que poderiam estar fazendo o serviço de hemodiálise ambulatorial e estão hoje em leitos de Hospital poderão voltar para casa, conviver com suas famílias, sair para fazer o tratamento nas clínicas credenciadas”.
Para o presidente da Associação Renal Bahia, José Vasconcelos de Freitas, que é transplantado do rim, a iniciativa vai salvar vidas e reduzir o sofrimento de muitas famílias. “O Governo do Estado está atingindo e beneficiando não somente os pacientes, mas também os proprietários e trabalhadores das clínicas, que poderão realmente prestar o serviço. “Esse tratamento significa a vida para o paciente que precisa do serviço, e os hospitais e clínicas poderão oferecer o tratamento. Sem esse financiamento, seria impossível, os pacientes encontrariam as portas fechadas”.
Impacto na rede de saúde
Com o cofinanciamento, e expectativa é do aumento de, no mínimo, 20% no número de sessões de hemodiálise em comparação a 2022, eliminando a fila de espera e desospitalizando pacientes internados. A ação ainda incrementa em 25% o repasse feito às clínicas especializadas. Na Bahia, atualmente, 8.387 pessoas estão em tratamento por hemodiálise (SUS), sendo que 132 estão internados sem acesso à diálise ambulatorial, outros 122 pacientes estão na em fila de espera para o tratamento.
O investimento tem reflexo imediato na liberação dos 132 leitos hospitalares para que a Central Estadual de Regulação possa utilizá-los. Também se elimina a fila de espera de 122 pacientes, que vinha crescendo em virtude da falta de acesso a diálise ambulatorial, além de melhorar a qualidade de vida do paciente e familiares.
Além do Cofinanciamento Estadual no Tratamento das Pessoas com Doença Renal Crônica (DRC), os recursos também vão possibilitar a ampliação do Programa de desospitalização e serviço de oxigenoterapia domiciliar, novas contratações de Serviços de Remoção Terrestre e a contratação de novos médicos reguladores que atuarão na Central Estadual de Regulação.
No que diz respeito à oxigenoterapia, a meta é alcançar os 417 municípios baianos, com a implantação imediata em 106 municípios do Estado, com serviço prestado através de 16 empresas credenciadas. Estão sendo investidos na ação R$ 26 milhões por ano. Já as novas contratações de serviços de remoção terrestre vão receber investimento anual de quase R$ 8 milhões para ampliar a disponibilidade de UTIs terrestres para as regiões Oeste, Extremo Sul, Centro Norte e Nordeste, atualmente não atendidas pelo serviço. O objetivo é que o tempo entre o pedido da ambulância e a finalização do transporte de uma unidade para outra, que atualmente é de até 72h, seja de até 24 horas.
A Central Estadual de Regulação (CER) também passou a contar com mais 26 médicos, responsáveis por fazer a regulação de pacientes para unidades da Rede Estadual, o que representa um investimento de R$ 4,2 milhões por ano. Ao todo, atualmente, 209 médicos atuam na Central Estadual de Regulação.(Correio)