O Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA) realiza nesta quarta-feira (9), às 17h30, uma nova assembleia. Além da situação da Covid-19 nas escolas particulares, a reunião pretende debater a data-base da categoria, que está sem receber reajustes desde maio de 2019.
Nas duas últimas assembleias, a categoria decidiu não decretar paralisação, mas segundo o coordenador-geral da entidade, Allysson Mustafá, o indicativo de greve pode voltar à pauta. Os professores consideraram adotar a medida em protesto contra o retorno às aulas semipresenciais. “A assembleia é dinâmica, esse tema pode aparecer. O fato de termos decidido não decretar greve não significa dizer que ela não continue como parte do que a categoria pensa como uma das estratégias. O indicativo de greve pode retornar, sim”, disse, em entrevista ao Metro1.
De acordo com Mustafá, o número de casos de Covid-19 é crescente entre alunos e professores, mas os colégios têm ocultado as ocorrências. “De duas semanas pra cá, nenhuma outra escola comunicou casos de Covid na comunidade. Eles estão acontecendo, mas as escolas não estão mais tornando isso público. Sabemos dos casos porque as escolas comunicam aos sindicatos. Tivemos casos de escolas que tiveram professores internados por Covid e foram orientados a dizer que era por laringite. São coisas que ferem a ética e os decretos”, afirmou.
O coordenador-geral do Sinpro fez críticas à Prefeitura de Salvador por manter as escolas abertas, mesmo com a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) acima de 75%. “A prefeitura está agindo de uma forma absolutamente equivocada porque estabeleceu que o limite de ocupação de UTIs deveria ser 75% com uma margem de 5%. E faz semanas que essa margem de 5% tem sido rompida”, avaliou. (Fonte: Metro 1)