Um nome na disputa ao governo da Bahia pode ser o sonho de consumo de muitos partidos. Apesar disso, o Republicanos pode ter mais a perder caso queira lançar o atual ministro da Cidadania, João Roma, na disputa, ao menos é o que o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM/UB) acredita.
Segundo aliados do prefeito, a legenda teria “muito a perder e quase nada a ganhar”. Um dos interlocutores de Neto, o partido teria situação difícil com a configuração de alguns cenários mais prováveis se concretizem. Caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição, o partido passa a ser oposição em Brasília. Na Bahia, Neto e Wagner rivalizam de forma mais firme nas pesquisas e, com a vitória de algum dos dois, serão oposição. Na capital baiana, caso saiam da base de apoio do atual prefeito Bruno Reis (DEM/UB), também passam a ser oposição.
Ficando “de ponta a ponta, cabo a rabo” fora do governo, a situação do partido ficaria delicada. Um dos aliados procurados pelo Bahia Notícias apontou que a manutenção na base Neto poderia praticamente garantir um nome na majoritária da chapa. Além disso, revelou que o partido na Bahia não estaria acreditando no projeto de eleição de Roma.
A decisão deve ser tomada através de Brasília, com o presidente nacional da legenda, Marcos Pereira. Um dos integrantes do partido de Neto revelou que o atual mandatário da legenda ligada a relação entre ambos é antiga, por conta da Câmara dos Deputados. Porém, desde o Natal o diálogo sobre o futuro da legenda no estado estaria suspenso.