Um grupo de cerca de 60 pessoas, entre israelenses e brasileiros, participou de um protesto contra o Presidente Jair Bolsonaro em frente à casa do primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, em Jerusalém, neste domingo (31).
Eles seguravam faixas e cartazes com dizeres em hebraico e inglês. Alguns estampavam o rosto de Bolsonaro riscado, outro a hashtag #elenão. E também havia manifestantes pedindo justiça para a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada há um ano.
Uma grande faixa, que foi pendurada em um muro, dizia “a Terra Santa não quer homofóbicos aqui”.
Há, também, bandeiras do arco-íris, símbolo dos movimentos de luta pelos direitos da comunidade LGBTI+.
No Facebook, o grupo “Força-tarefa LGBT israelense”, na tradução em português, convocava um protesto contra Bolsonaro há meses, conclamando os participantes a se concentrarem diante do prédio em que funciona a embaixada brasileira em Tel Aviv.
Após a divulgação da agenda do presidente por Israel, o grupo mudou o local do evento para a casa do primeiro-ministro.
O brasileiro-israelense Mauro Nadvorny, representante comercial de 61 anos, que mora em Israel há um ano, estava no protesto. Ele também se identificou como anti-fascista e informou à reportagem da Fórum que ajudou a convocar o protesto, em parceria com grupos progressistas do Facebook, como o Resistência Democrática Judaica.
Em hebraico, eles gritavam que Bolsonaro é pessoa non grata em Israel.
Em português, alguns manifestantes cantavam rimas com o nome de Bolsonaro acompanhado de palavrões.
O Presidente brasileiro estava no interior do imóvel cumprindo parte da agenda da visita oficial.
Mas devido ao esquema de segurança no entorno da residência oficial do primeiro-ministro, o acesso ao público só é permitido a uma certa distância, definida por guaritas e cancelas. (Revista Forum)