O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu no sábado (5) o que chamou de “passaporte da imunidade” ao defender que pessoas curadas do novo coronavírus no Brasil possam, gradativamente, sair do isolamento e voltar a trabalhar mesmo em meio à pandemia. A ideia ganhou o apoio de João Gabbardo, secretário-executivo e número dois do Ministério da Saúde.
Em transmissão ao vivo com empresários do setor de varejo, Guedes também pediu que os brasileiros paguem a conta em dia para evitar “a destruição dos serviços” e afirmou que o governo avalia crédito com garantia do Tesouro para grandes empresas.
Sobre o passaporte da imunidade, o ministro afirmou que conversou com “um amigo da Inglaterra” sobre a ideia e disse que enviou informações sobre ela para o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.
“Hoje de manhã, conversávamos com um amigo da Inglaterra que criou o passaporte da imunidade. Ele faz 40 milhões de teste e coloca disponível para nós brasileiros, 40 milhões de testes por mês. Já mandei para o ministro Mandetta, para o chefe da Casa Civil, ministro Braga Netto e para o presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, se você fez o teste e deu positivo, você pode circular. Você fez o teste e deu negativo, você tem que ir para casa. Não é agora. Agora nós estamos em isolamento. Nós estamos planejando uma saída, lá na frente e termos esse teste em massa. As pessoas vão sendo testadas, pode ser semanalmente e quem estiver livre, continua trabalhando”, disse Guedes.
Questionado sobre a possibilidade levantada por Guedes durante coletiva de imprensa promovida pela Saúde, Gabbardo afirmou que desconhecia a expressão “passaporte da imunidade”, mas declarou que a pasta é favorável a eventuais medidas neste sentido.
“Isso faz parte do plano do Ministério da Saúde e nós somos totalmente favoráveis a isso”, afirmou Gabbardo.
“Nós queremos que o profissional de saúde, se ele estiver com sintomas e ficar isolado, ele pode sair do isolamento um pouco mais cedo se a gente tiver a confirmação de que ele está imunologicamente com segurança para sair de casa e voltar para o trabalho. Vamos ter uma parte da nossa população que já terá passado da transmissão e poderá ter contato com a sociedade. Isso é muito importante”, acrescentou.
(Com informações do jornal O Globo)