Nesta última quarta-feira (4), imagens do homem que foi vítima de Fake News (Notícias Falsas) sobre o estupro de uma idosa em Santo Antônio de Jesus (clique e veja), onde mostra o mesmo com marcas de agressão, foram divulgadas nas redes sociais. O Coordenador da 4ª (Coorpin) de Santo Antônio de Jesus, Dr. Adilson Bezerra esteve no programa Meio-Dia e Meia na Live do Voz da Bahia desta quinta-feira (04) e esclareceu tal fato, “não tinha nenhum boletim de ocorrência na Delegacia acerca desse fato. Em seguida entrei em contato com o hospital que também me informou que não havia a entrada de nenhum idosa e o pessoal da SAMU também disse que não tinha essa informação”, revela.
Dr. Adilson ainda revela que mesmo sendo esclarecido que um crime se tratava de uma fake news, lamentavelmente circulou pelas redes sociais a imagem do suposto estuprador extremamente agredido, “apareceram imagens fortes mostrando que ele teria sido muito lesionado, por conta do fake News, ou seja, da notícia falsa” explica.
O delegado explica ainda que o acusado de agressão confirmou que não teria sido a fake news o motivo do ato, “ele falou que agrediu o suspeito, não por causa das fake news, mas sim porque ele estava alguns meses aliciando a sua filha que é menor de idade. Essa informação que foi nos prestada em interrogatório pelo agressor; não foi a fake news e sim o aliciamento da menor. Ele nos relatou que há 8 meses a filha vinha sendo aliciada pelo suposto suspeito, só que não nos apresentou uma prova concreta desse aliciamento. Falou apenas que era fatos reiterados e tinha conhecimento de que sua filha havia sido perseguida, mas não me apresentou nada de concreto desse assédio”, explica.
Após agressão o delegado alega que se comprometeu a verificação do caso e revela que agravaria a situação de quem espalhou a fake news, “determinei imediatamente a instauração de um inquérito policial para melhor apurar esses fatos e hoje os policiais conseguiram identificar e conduziram a delegacia o autor das agressões, foi quando aconteceu a primeira revira-volta do caso”, diz .
Dr Adilson revela que o agressor informou que o suposto aliciador tentou pegar na mão de sua filha, “mas isso não configuraria um crime de assédio, por que atos preparatórios para o crime não é crime, está no nosso código penal”, contou.
O delegado também ressalta que diante disso não há um crime apurado, “durante esses oito meses o pai não compareceu à Delegacia para informar esse suposto assédio em nenhum momento, tão pouco nos apresentou um dado mais concreto, mas afirmavam de que o rapaz seguia a filha, segundo ele, acreditava que sua filha estava sendo perseguida, mas repito, nada mais de concreto, nada mais palpável, que nos faça afirmar que efetivamente houve o crime de assédio sexual ou mesmo de uma tentativa”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia