Após ter o mandato cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro no último dia 18 de agosto, o ex-PM Gabriel Monteiro (PL) anunciou, por meio das redes sociais, que seu pai, Roberto Monteiro, será candidato a deputado federal em seu lugar.
No Instagram, o ex-vereador disse que o pai “vai continuar seu legado de maior fiscalizador na história da Política” e que, “em breve, voltará mais forte”.
“Com vinte anos na Polícia Militar, eu prometi para mim mesmo que combateria tudo aquilo que ninguém ou quase ninguém tinha coragem. Os comandantes corruptos da instituição. Foi assim que eu derrubei diversos coronéis de batalhões e demonstrei claramente a confissão que havia ali. Me expulsaram diversas da polícia e eu voltei mostrando diversas vezes a perseguição que havia contra mim. Pois bem, entrei na política porque sabia que ali eu morreria na mão deles. E como político eu poderia ser acomodado, ficar no meu gabinete no ar condicionado, mas não. Eu fiz o que talvez você nunca tenha visto um político fazer, derrubar máfias, máfia do jogo do lixo, a máfia do reboque, a máfia na saúde, fiscalizar todo dia independente de um período eleitoral”, declarou Gabriel.
No último sábado (10), Monteiro entregou a candidatura a deputado federal ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-RJ). Apesar de o Tribunal negar, no fim de agosto, o registro para que o ex-PM pudesse participar da disputa, ainda cabiam recursos, que o ex-vereador descartou.
“Me acusaram de diversos crimes. Já demonstrei minha inocência em um monte de acusações, mas hoje eu tenho aqui duas escolhas. Ser o deputado federal recorrendo. Ou, sem foro privilegiado, sem nada, eu demonstro na Justiça comum que sou um perseguido e sou inocente, e, assim, eu dou oportunidade para outra pessoa continuar o meu trabalho até eu voltar. É por isso que eu abro mão de todos os meus recursos na Justiça Eleitoral para dar oportunidade ao meu pai continuar o meu legado”, acrescentou Gabriel.
O nome de Roberto Monteiro ainda não apareceu no site que agrega todas as candidaturas nas eleições deste ano. A renúncia de Gabriel, no entanto, já consta no portal com a condição de “renúncia”.
A legislação eleitoral permite que partidos e coligações façam a alteração de candidatos a cargos majoritários ou proporcionais que sejam considerados inelegíveis, renunciem ou que tenham o registro indeferido ou cancelado, para além de situações de óbito. O prazo para troca se encerra nesta segunda-feira (12). (BNews)