Intolerância e alergia ao leite exigem atenção nutricional para evitar carência de cálcio

Especialista alerta que substituições alimentares são essenciais para manter a saúde dos ossos e o equilíbrio do organismo

Foto: Shutterstock

Pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite devem evitar ou até eliminar completamente o consumo de leite e derivados.

Essa exclusão, porém, exige atenção especial à alimentação, já que o leite é uma das principais fontes de cálcio, mineral essencial para a saúde óssea, a contração muscular e a coagulação sanguínea.

De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Waleska Nishida, a alergia ao leite é uma resposta imunológica às proteínas presentes no alimento. Entre os sintomas estão inchaços, coceira, urticária, náuseas e diarreia. Já a intolerância à lactose ocorre quando o organismo tem deficiência na produção da enzima lactase, responsável por digerir o açúcar do leite.

O diagnóstico da intolerância é feito geralmente de forma clínica, mas pode incluir exames como o teste de tolerância à lactose ou biópsia do intestino. No caso da alergia, os exames mais comuns são os testes cutâneos, exames de sangue e o teste de provocação oral.

“Embora não tenham cura, ambas as condições podem ser controladas com acompanhamento nutricional, garantindo qualidade de vida e evitando deficiências nutricionais”, explica Waleska Nishida. Ela alerta que, sem ajustes na dieta, pode haver carência de cálcio, o que enfraquece ossos e dentes e compromete funções vitais do corpo.

Para compensar a ausência do leite, a nutricionista recomenda o consumo de alimentos ricos em cálcio, como:

  • Vegetais: couve, brócolis, espinafre, agrião, quiabo e algas;
  • Oleaginosas: amêndoas, castanha-do-pará, gergelim e amendoim;
  • Leguminosas: soja, feijão e grão-de-bico;
  • Frutos do mar e peixes: sardinha, ostras e atum;
  • Frutas: ameixa seca e uva-passa;
  • Bebidas vegetais: leite de amêndoas, arroz ou aveia;
  • Outros alimentos: tofu, chia, abóbora cozida e aveia.

A recomendação final é que a dieta seja sempre orientada por um profissional para evitar riscos à saúde.

Por Leticia Zuim Gonzalez

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