O cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas acabou no sexto dia. E já nesta sexta-feira (1º/12) os ataques israelenses recomeçaram na Faixa de Gaza. De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Hamas não concordou em libertar mais reféns, como o combinado. Assim, infringiu os termos da trégua, e a guerra continuou.
De acordo com o gabinete de Netanyahu, o Hamas não libertou todas as mulheres que eram reféns e ainda lançou foguetes contra Israel.
“Com o recomeço dos combates, enfatizamos que o governo israelense está empenhado em alcançar os objetivos da guerra: libertar os nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca representará uma ameaça para os residentes de Israel”, postou o gabinete do primeiro-ministro.
Já o Hamas diz que Israel não aceitou proposta para libertar mais prisioneiros e os cadáveres de uma família israelense morta em ataques aéreos do país. Em comunicado, o grupo afirmou que os israelenses recusaram “todas estas ofertas porque tinham [tomado] decisão prévia de retomar a sua agressão criminosa contra a Faixa de Gaza”.
Assim, cerca de 30 minutos após o fim do cessar-fogo, às 7h30 do horário local (2h30, horário de Brasília), Israel iniciou um ataque aéreo no sul de Gaza, em locais como a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis. Uma casa a noroeste da Cidade de Gaza também foi atingida.
Da fronteira, era possível ouvir explosões e ver uma fumaça preta saindo da área de Gaza.
Por outro lado, em Israel, sirenes para aviso de bombas foram acionadas, dando a entender que o Hamas também recomeçou seus ataques.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 14 palestinos acabaram mortos nesse retorno de ataques aéreos. O site Al Jazeera falou em seis mortos em Rafah e Khan Younis, além de sete vítimas na área de Maghazi.
Antes dos ataques, há a distribuição de panfletos pedindo que moradores civis de certas áreas de Khan Younis deixem suas casas.
(Metro 1)