O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (18) que o país não continuará com o acordo de cessar-fogo em Gaza sem a entrega de uma lista dos 33 reféns que o Hamas se comprometeu a liberar na primeira fase do pacto. Netanyahu afirmou que Israel não tolerará violações do acordo e responsabilizou o Hamas pelo cumprimento dos termos acertados.

O governo israelense aprovou oficialmente o acordo após uma reunião do Conselho de Ministros, que contou com 24 votos a favor e 8 contra. O acordo prevê a libertação de centenas de palestinos presos por Israel e a interrupção dos bombardeios na Faixa de Gaza, além da devolução de reféns sequestrados pelo Hamas desde o início da ofensiva israelense em 7 de outubro de 2023. Contudo, o pacto enfrentou resistência interna de membros mais linha-dura do governo de Netanyahu.

O conflito, que já dura meses, resultou em um número elevado de vítimas. Desde o início da ofensiva israelense, mais de 48 mil palestinos, incluindo civis, morreram, de acordo com o Hamas. Gaza enfrenta uma grave crise humanitária. No lado israelense, os ataques do Hamas causaram mais de 1.200 mortes e o sequestro de mais de 200 pessoas, o que intensificou a guerra na região.