Os empresários Jacob Barata Filho, mais conhecido como o “rei do ônibus”, e Felipe Picciani, que é filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani (MDB-RJ), foram condenados pelo juiz Marcelo Bretas nessa quinta-feira (28). Titular da 7ª Vara Federal Criminal, o magistrado também condenou outras nove pessoas por crimes cometidos no âmbito da Operação Cadeia Velha, que investiga o pagamento de propinas de empresas de ônibus a políticos fluminenses.
Segundo informações da Agência Brasil, Felipe Picciani ficou com a maior pena, de 17 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, mais o pagamento de 553 dias-multa no valor de um salário mínimo a cada dia pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele administrava a fazenda e os negócios agropecuários do pai, que envolvem comércio de gado e de sêmen bovino.
Já Barata recebeu pena de 12 anos de prisão e 600 dias-multa, também no valor de um salário mínimo cada dia. Ele vai responder por corrupção ativa e crime continuado.
Os demais condenados foram o ex-dirigente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira, que recebeu pena de 13 anos de reclusão mais 600 dias-multa no mesmo valor dos outros; o operador e braço direito de Picciani, Jorge Luiz Ribeiro, a 12 anos e 11 meses de prisão; o empresário Leandro Azevedo, a 5 anos e 4 meses; a chefe de gabinete do deputado estadual Paulo Melo (MDB-RJ), Andréia Cardoso do Nascimento, a 11 anos e 3 meses; o assessor de Melo, Fábio Cardoso do Nascimento, a 11 anos e 3 meses; o empresário Carlos César da Costa Pereira, a 11 anos e 2 meses; e José Augusto Ferreira dos Santos, a 6 anos de prisão.
Ex-diretor da Odebrecht, Benedicto Barbosa Júnior, o BJ, foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção ativa. No entanto, sua pena final será estabelecida por meio de um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). (BN)