JN: Tebet diz que candidatura representa brasileiros que não querem mais voltar ao passado

Foto: Reprodução

A senadora e candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), encerra as sabatinas no Jornal Nacional, da TV Globo. Na noite desta sexta-feira (26), a postulante ao Palácio do Planalto iniciou falando sobre o partido, que fez parte do Petrolão, na época do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela ainda disse que a sua candidatura representa as pessoas que não querem mais voltar ao passado.

MDB

“Primeiro, dizer que o MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos e seus caciques. É o maior partido do Brasil, o partido que vem da base, da redemocratização. O meu partido é o partido de Ulysses Guimarães, de Tancredo Neves, de Mario Covas, de homens desbravadores, corajosos e acima de tudo éticos, que têm espírito público e vontade de servir o povo. Hoje, o meu espelho é Pedro Simon e Jarbas Vasconcellos. É este o espelho e esta é a minha trajetória. Aprendi dentro de casa a ter coragem, espírito público e vontade de servir. O MDB vem da base, é o partido com o maior número de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e vereadoras. É um partido ético, que tem, sim, uma meia dúzia que esteve, por exemplo, envolvida no passado no escândalo do Petrolão do PT e que não estão conosco. Aliás, tentaram puxar o meu tapete até pouco tempo atrás. Se tivesse um tapete aqui, acho que eu já teria caído da cadeira também”.

CANDIDATURA
“O que me trouxe até aqui? Tive que vencer uma maratona com muitos obstáculos. Nós tivemos oito candidatos. E eu permaneci. Passou o Natal, virou o Ano Novo, veio o Carnaval, disseram que o partido seria cooptado. Depois que iria para uma outra candidatura. Tentaram, numa fotografia recente, levar o partido para o ex-presidente Lula. Judicializaram a minha candidatura e foi imediatamente rejeitada a ação. A todo momento me impedindo de mostrar exatamente isso: que o partido não é mais fisiológico. Hoje, tem um presidente que sabe do seu compromisso, da importância que o centro democrático tem em relação ao Brasil. É por isso que eu cheguei aqui. E não sou mais candidata do MDB. Sou do MDB, do PSDB, do Cidadania, do Podemos e de uma legião de pessoas que não querem mais voltar ao passado e muito menos permanecer no presente. Diante disso e com esse corpo de pessoas de bem, éticos e honestos, é que nós vamos, se ganharmos as eleições, governar. Governar com a maioria, do centro democrático, da frente democrática”.

MINISTROS
“Nós vamos governar com os partidos que se somem conosco. Ninguém faz nada sozinho. Mas é preciso apenas duas características e eu vou exigir apenas duas coisas para estar no Ministério: ser honesto e ser competente, independente de qualquer outro posicionamento. E nós temos muita gente honesta dentro do Congresso Nacional e dentro desses partidos. E os demais vão fazer oposição. Mas eu não vou blindar, não vou de forma alguma impedir os órgãos de fiscalização e controle de estar dentro do meu governo e dentro de qualquer Poder. Nós vamos estar garantindo a independência, a autonomia do Ministério Público, da PGR, da Polícia Federal, para fazer a sua parte, com transparência. No meu governo, vai ser transparência absoluta”.

CONCILIAÇÃO
“Não é ceder. Nós temos que deixar de lado esse chamado presidencialismo de coalização, que na verdade é de cooptação. É o que aconteceu com o Mensalão no passado. Compraram a consciência dos parlamentares para tentar uma reeleição. Foram descobertos, vieram com o Petrolão, fatiaram a maior estatal do Brasil e colocaram ali inclusive gente do meu partido e do partido do atual presidente da República. Foi descoberto. Para ganhar a eleição, quase quebraram a estatal e fizeram com que, até hoje, a gente pague uma energia mais cara por isso. Eu venho para fazer diferente. Do contrário, eu não colocaria meu nome à disposição do Brasil. A presidente que vai estar governando o Brasil a partir de 1º de janeiro do ano que vem não é a senadora, não é a deputada, não é quem foi prefeita, quem foi vice-governadora. É a alma da mulher e o coração de mãe. É para isso, para fazer diferente. É possível governar assim? É. Num presidencialismo de conciliação. Nós vamos trazer para perto pessoas que pensam como nós, que têm os mesmos projetos e que têm soluções concretas para os problemas reais do Brasil”.

ALIANÇAS

“Nós estamos diante de uma polarização política e ideológica que está levando o país para o abismo. Esta que é a grande realidade. Você tem aí uma polarização que alguns companheiros sejam cooptados. Em compensação, eu tenho, por exemplo, muitos desses prefeitos desses estados nos apoiando. Nós temos o prefeito da maior capital do Brasil, com 12 milhões de habitantes. Temos o prefeito de Porto Alegre. Nós temos o governador do estado de São Paulo, que vai dar palanque também para outros candidatos, que já esteve comigo em convenção e que está nos apoiando. Só São Paulo são 24% da população brasileira. Mas acho que o mais importante é que eu só preciso de um caixote e de um microfone. Agora é comigo. Depois de todos esses obstáculos, agora é a hora de eu me dirigir às pessoas, falar para as pessoas que nós temos o melhor programa de país, de governo, que nós temos condições de resolver o problema da fome, da desigualdade, da miséria, garantir uma educação de qualidade, uma saúde decente para as nossas famílias. Nós não vamos esquecer o legado da pandemia. Que coisa triste que eu vivenciei lá. Não consigo falar sem me emocionar. E eu falo assim: eu tenho que conter mesmo, porque foi um momento muito difícil da minha vida. Eu entrei comovida e saí totalmente indignada com o que aconteceu lá dentro. Se negou vacina no braço do povo brasileiro, 45 dias de atraso. Quantas pessoas morreram nesse período?”. (BN)

Veja mais notícias no vozdabahia.com.br e siga o site no Google Notícias

google news