Jornalista alerta para riscos de dependência química e alcoolismo durante pandemia

Foto : Divulgação

A jornalista Barbara Gancia, autora do livro ‘A saideira – Uma dose de esperança depois de anos lutando contra a dependência’, comentou o aumento dos índices de dependência química e alcoolismo durante a pandemia de coronavírus. 

Em entrevista à Rádio Metrópole hoje (30), durante o Jornal da Metrópole no Ar, ela afirmou que os riscos à saúde são grandes. “Eu sou uma pessoa compulsiva. Se sou alcoólatra, não tenho limites. Se tenho dependência de drogas ou de comidas, é uma compulsão. Você passa a mudar seu metabolismo. Digamos que quando você instala essa doença e modifica seu corpo, você vai ter que beber mais e mais. Nessa situação, você tem a sensação e a tentação em sua frente o tempo inteiro. Só que agora não estamos tendo isso. Eu emagreci 15 kg desde que começou a pandemia. Estou em casa, não estou comendo as coisas que me seduzem. Estou conseguindo ficar sem comer essas coisas todas porque não estou comprando”, afirmou Gancia. 

Ainda de acordo com ela, os Estados Unidos e o Brasil sofrem com governos desastrosos de Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente. “Estamos numa guerra nesse momento no mundo inteiro. Nos EUA tem um homem que mente descaradamente e aqui temos um homem que não assume sua responsabilidade como presidente e só quer fazer conflitos para pensar em se reeleger. Ninguém está minimamente preocupado com nosso destino. É muito desagradável lidar com o medo e com as mortes. É realmente desesperador”, acrescenta. 

Barbara Gancia alertou ainda sobre o alto risco de se comprar drogas, já que os produtos não são vendidos de uma forma regulamentada. “No momento que está tendo um vírus, quando você compra drogas, você não está comprando um produto que é feito na Nestlé, digamos. Você não compra um produto que tem fiscal, controle de qualidade, processo de fabricação. Você compra um negócio que provavelmente foi feito numa valeta cheia de terra. Para chegar na droga, você está exposto e vai ter que ter contato com alguém, que também está exposto”, declarou a jornalista. (Metro1)

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