Jovem morre com suspeita de dengue após médicos desconfiarem de ansiedade

Jovem morre com suspeita de dengue após médicos desconfiarem de ansiedade

Foto: Reprodução/ Internet

Uma jovem de 27 anos morreu no último dia 27 de março em Goiânia (GO) com suspeita de dengue. Segundo sua irmã, Luiza Cunha de Amorim, Sofia estava grávida de sete meses e o bebê também não resistiu.

No dia 22 de março, Sofia começou a sentir náuseas e desconforto. A princípio, ela não se preocupou, pois acreditava que eram sintomas da gestação. No entanto, depois de dois dias, o estado de saúde da jovem piorou e ela foi internada. 

No primeiro dia de internação, Sofia teve falta de ar e, segundo apontavam exames, além de plaquetas baixas, enzimas hepáticas também estavam alteradas – o que poderia indicar dengue. Os médicos, porém, só poderiam confirmar a condição após outro exame, que levaria dias para ficar pronto. Os profissionais, no segundo dia, avaliaram que a falta de ar era causada pela ansiedade e chegaram até a enviar uma psicóloga para conversar com ela.

“Minha irmã explicou que não se tratava de ansiedade, mas de um mal-estar real. Eles queriam dar alta para ela, alegando que poderia terminar o tratamento em casa. Minha mãe se opôs veementemente, pois Sofia ainda estava com exames alterados e suspeita de dengue. Não tinha como levá-la para casa nessa situação”, afirmou.

Os exames em Sofia foram refeitos e constataram líquido nos pulmões. Já no terceiro dia de internação, ela teve falência múltipla de órgãos e morreu. “Uma médica muito competente assumiu o caso, mas era tarde demais para reverter o quadro. Se ao menos tivessem agido mais cedo, talvez o desfecho fosse diferente”, disse Luiza.

Na avaliação da família, houve negligência médica e o caso será levado à Justiça. “Os médicos precisam entender que cada paciente é um ser humano com uma história, sentimentos, família e sonhos. A morte de Sofia foi uma tragédia que poderia ter sido evitada se tivessem ouvido seus sintomas desde o início. É uma dor insuportável que nada pode amenizar”, acrescentou Luiza.

Fonte: Bnews

google news