Jovem morto em bar é enterrado e família protesta em Salvador; eles denunciam homofobia

Jovem morre após ser esfaqueado em bar de Salvador e família aponta homofobia — Foto: Arquivo Pessoal

Foi enterrado em Salvador, nesta sexta-feira (8), Rodrigo Abreu Santos, 23 anos, que morreu após ser esfaqueado em um bar do bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio da capital baiana. Após o sepultamento, familiares e amigos dos jovens inciaram um protesto pedido justiça. Eles dizem que o jovem foi vítima de um crime de homofobia.

Rodrigo foi enterrado no Cemitério Municipal de Plataforma, no bairro de Plataforma. Cercado por muita emoção, dezenas de familiares e amigos acompanharam o velório e enterro.

O crime ocorreu na madrugada da última sexta-feira (1º), mas Rodrigo teve morte cerebral atestada pelos médicos do Hospital do Subúrbio, onde estava internado, na quarta-feira (6).

A manifestação durou cerca de 1h. Amigos e familiares ocuparam parte da Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana, o que deixou o trânsito lento na região no sentido Calçada. Apesar disso, por volta das 12h20, a situação já havia sido normalizado na região.

Manifestação ocorre na Avenida Suburbana e deixa trânsito lento sentido Calçada.  — Foto: Andrea Silva / TV Bahia
Manifestação ocorre na Avenida Suburbana e deixa trânsito lento sentido Calçada. — Foto: Andrea Silva / TV Bahia


Caso

De acordo com a mãe de Rodrigo Abreu Santos, Geovane Maria, o jovem estava dançando com um amigo no bar, quando houve uma confusão com o suspeito do crime, e ele foi atacado. A vítima foi atingida no pescoço. O suspeito fugiu.

“Eles estavam bebendo no bar. Esse cara começou a implicar e aconteceu o que aconteceu. Ele tirou a vida do meu filho”, contou.

Ainda segundo a mãe do jovem, não é a primeira vez que o suspeito, que não teve o nome divulgado, comete crimes de homofobia no bairro.

Rodrigo era o filho mais velho de Geovane Maria, que ainda tem outros dois filhos: uma jovem de 22 anos e um garoto de 4 anos. Ao G1, ela contou que ela e a família estão arrasados.

“Eu estou arrasada, porque meu filho não merecia isso. Meu filho era amado por todos, uma boa pessoa. É muito doloroso você ter que enterrar um filho, jovem, novo. Não quero que a morte de meu filho fique impune”.

Enterro aconteceu no Cemitério Municipal de Plataforma. Manifestação ocorre na Avenida Suburbana e deixa trânsito lento sentido Calçada.  — Foto: Andrea Silva / TV Bahia
Enterro aconteceu no Cemitério Municipal de Plataforma. Manifestação ocorre na Avenida Suburbana e deixa trânsito lento sentido Calçada. — Foto: Andrea Silva / TV Bahia

(G1/BA)

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