O juiz Valmir Maurici Júnior terá cinco dias para prestar esclarecimentos sobre os vídeos em que aparece agredindo e humilhando a mulher. Essa é uma determinação da Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), informada nesta terça-feira (28).
Vídeos publicados pelo portal g1 mostram as agressões ocorridas na casa em que os dois moravam, em Caraguatatuba, no Litoral Norte de SP. A mulher o acusa de violência física, sexual e psicológica. A Corregedoria do CNJ já havia informado que abriu reclamação disciplinar contra o juiz e iria avaliar o afastamento dele do cargo.
O magistrado trabalha na 5ª Vara Cível de Guarulhos, na Grande São Paulo e, segundo informações divulgadas pelo CNJ, está em licença médica.
A Corregedoria-Geral do estado de São Paulo e o presidente do Tribunal de Justiça do estado (TJ-SP), desembargador Ricardo Mair Anafe, também foram intimados a prestar informações em cinco dias, ainda de acordo com o CNJ.
Em um dos vídeos, o juiz dá um tapa na cabeça da esposa; em outro, ele dá empurrões, chute e a xinga, e ela cai no chão; ambos foram gravados com um celular dela em outubro de 2022, de acordo com a vítima. Ainda segundo ela, em um terceiro vídeo, datado de abril de 2022, aparentemente gravado pelo próprio juiz, ele a submete a uma relação sexual não consentida.
A vítima e Maurici Júnior se casaram em 2021. A mulher, de 30 anos, diz que saiu de casa em 23 de novembro; o casal está em processo de separação. A violência começou depois dos seis primeiros meses de relação, segundo a defesa dela. (BNews)