Juliana Paes compartilhou suas experiências com a crise de ansiedade que enfrentou em 2021 e destacou como a terapia a ajudou durante o processo. “Vivi essas crises de ansiedade. A pandemia ajudou a impulsionar isso, mas a própria vida, lidar com a internet, dar conta do trabalho, ter que conversar com as pessoas online… Muita coisa! Fui ficando sem ar mesmo. Não dava para respirar. Eu deitava na cama, e o coração não parava de bater”, revelou à jornalista Maria Fortuna no videocast “Conversa Vem, Conversa Vem”.

“Comecei a achar que estava com alguma coisa no coração e fui procurar um psiquiatra. Ele me disse que tive crise e estresse pós-traumático porque também vivi essas perdas sem tempo de sentir, de parar e chorar”, explicou a atriz, referindo-se a eventos como a morte de sua cadela e a perda da voz devido a cistos nas cordas vocais, que alteraram permanentemente seu timbre.

Juliana também admitiu que, no início, “tinha vergonha de contar que estava mal”. Ela esclareceu: “Porque sempre fui a Juliana astral, com esse sorrisão, né? Mas, sabe, posso deprimir também, né? Às vezes, você está sorrindo, mas por dentro está difícil. E quando você diz ‘cara, eu tô mal, não tô legal’, as pessoas não sabem bem o que fazer com aquilo. Eu ficava disfarçando, porque também é muito chato. A gente não estar legal. Eu dizia: ‘Tô ótima’, mas sabia que eu não estava”.

Ela chegou a tomar medicamentos, mas afirmou que hoje conseguiu parar de usá-los, mantendo, no entanto, o cuidado com a saúde mental: “Hoje, para mim, é muito claro que artista sem terapia é como uma casa sem espelho. É preciso ter um olhar para si e se confrontar com as próprias questões. Queria ter tido esse ímpeto de procurar terapia antes; demorei. A atividade física também me salva”.