Justiça prorroga prisão de médico que matou o amigo em passeio de moto aquática

Foto: Montagem / Reprodução Instagram

A justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária do médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, 32 anos, assassino confesso do também médico Andrade Lopes Santana, 32. O inquérito que apura o caso também foi prorrogado por mais 30 dias. As informações são do delegado Roberto Leal, coordenador da 1ª Coorpin (Feira de Santana), responsável pelas investigações.

Apesar de Geraldo já ter confessado o crime, a polícia ainda apura a motivação e por isso pediu prorrogação do prazo para concluir o inquérito e solicitou prorrogação da prisão. Geraldo foi preso no dia 28 de maio, três dias depois de ele próprio registrar um boletim de ocorrência pelo desaparecimento do amigo, que morava e trabalhava em Araci (a 211 Km de Salvador).

Andrade tinha ido a Feira de Santana resolver problemas pessoais e depois aceitou um convite para passear de moto aquática com Geraldo Júnior. No dia da prisão, Geraldo ficou em silêncio, mas seis dias depois pediu para prestar um novo depoimento, quando confessou o crime.

Na época, o delegado informou que o assassino confesso apontou como motivo do crime um sonho profético que um parente dele teve informando que ele seria morto naquele dia. Conforme relato de Geral Júnior, a desconfiança de que o amigo Andrade poderia matá-lo surgiu quando Júnior viu uma troca de mensagens, no celular de Andrade, com um desafeto dele.

“Ele (Geraldo) mandou Andrade dirigir a moto aquática e exigiu que o amigo entregasse o celular. Como Andrade não entregou, ele colocou a arma na cabeça da vítima ameaçando e depois fez o disparo”, relatou o delegado à época.

No dia 09 de junho, o advogado Guga Leal tentou explicar melhor qual seria o teor do depoimento do seu cliente. O defensor afirmou que o tiro foi acidental depois de um desentendimento entre eles por causa das mensagens no celular da vítima com um desafeto de Geraldo.

Conforme Guga Leal, na conversa, havia perguntas do desafeto de Geraldo sobre onde ele andava, sobre os momentos que ficava desarmado.

“Eles foram andar de Jet Ski e Geraldo ameaçou a vítima com a arma em punho para entregar o celular. Quando Andrade tirou a mão do acelerador, o Jet Ski deu uma espécie de tombo e a arma disparou acidentalmente”, relatou o advogado na ocasião. (Mero1)

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