Justiça torna ré influenciadora Natália de Freitas pela morte de homem após peeling de fenol

A influenciadora está proibida de deixar o estado de São Paulo e de exercer suas funções como esteticista

Foto: Reprodução/TV Record

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) e tornou a influenciadora Natalia Becker ré por homicídio doloso com dolo eventual, qualificado por motivo torpe, após a morte de um paciente durante um peeling de fenol em São Paulo.

Natalia, que é influenciadora digital e proprietária da clínica de beleza onde o empresário Henrique Chagas morreu em 3 de junho, é acusada de ter assumido o risco de matar o paciente com a aplicação do fenol, um agente usado para descamar a pele e promover o rejuvenescimento.

O juiz Antonio Carlos Pontes de Souza determinou que Natalia apresente sua defesa por escrito em até 10 dias. Além disso, ela está proibida de deixar o estado de São Paulo por oito dias, de frequentar seus estabelecimentos comerciais, incluindo a clínica, e de exercer suas funções como esteticista. No entanto, a Anesco (Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos) informou que Natalia não está registrada em seu banco de dados.

O promotor Felipe Eduardo Levit afirma que Natalia demonstrou “absoluto desprezo pela vida humana” ao assumir o risco de causar a morte, que efetivamente ocorreu. Segundo o promotor, Natalia agiu com motivo torpe para obter uma vantagem econômica de R$ 5 mil, o valor cobrado pelo procedimento estético realizado de forma irregular.

A defesa de Natalia nega qualquer irregularidade e afirma que discorda da denúncia, alegando que o Ministério Público não apresentou elementos suficientes para a acusação.

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