Katy Perry, Luísa Sonza e Bruno Martini lançam remix de ‘Cry about it later’, mas decepcionam

Foto: divulgação

O lançamento do remix de “Cry about it later”, nesta sexta-feira, une Katy Perry, Luísa Sonza e Bruno Martini. Une também duas certezas:

A de que Katy Perry está meio perdida na carreira, após o auge com o clássico “Teenage Dream” e os bons shows da “Witness tour”;
A de que brasileiros se descabelam por um pequeno aceno de alguém de fora do Brasil.

A nova versão de “Cry about it later” transforma a original, do álbum atormentado e choroso “Smile”, em uma faixa eletrônica sem inventividade alguma. Quem ouve o remix não encontra versos em português, batidas bem sacadas ou texturas que trazem algo de novo para a canção.

Luísa canta trechos em inglês em um remix bem anos 90. E só. A impressão que fica é que os envolvidos nem sequer tentaram entender o que quer Katy Perry hoje.

Mas o que Luísa Sonza tem a ver com isso?
Nada tira de Luísa, porém, a conquista pessoal de ter um feat com alguém que ela admira desde criança, é claro. “Quando a Katy apareceu, eu já tinha entendimento da vida. Ela ajudou a formar minha personalidade como artista. É surreal estar fazendo um projeto com ela.”

O convite surgiu a partir de um telefonema de Paulo Lima, presidente da gravadora Universal no Brasil. “A gente mandou para a Katy aprovar… Eu fiz bastantes agudos e tinha medo de que ela não fosse gostar”, explica ela ao G1, rindo timidamente.

Segundo ela, Katy “demorou bastante” para respoder, porque estava de férias. “A gente ficou na apreensão, será que ela não gostou? Foi um grande passo para minha carreira. Eu nunca imaginei ser convidada para um feat com uma cantora a-list no mundo.”

Bruno vê o remix como “uma responsabilidade de levantar a bandeira do Brasil e mostrar que a gente faz um som legal”. “É bonito de ver. É um orgulho muito grande”, disse ele, comentando o lançamento em um papo por Zoom com jornalistas.

Bruno também fez um remix recente de “911”, de Lady Gaga. Mas fazer esse tipo de remix pouquíssimo original não levanta bandeira nenhuma, apenas mostra que tem gente no Brasil disposta a jogar o jogo do pop pasteurizado em busca de crédito em faixa de diva famosa. (Fonte: G1)

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