Lucy Alves fala da fase pop, sem abandonar as raízes: ‘Quero sensualizar mesmo’

Foto: Miro/Divulgação

— Sou compositora e as minhas músicas são sobre o que estou vivendo. Sempre falo que sou uma grande retirante nordestina nessa cidade, e estou sempre aprendendo, fazendo novos amigos, e me adaptando. Estou na minha fase mais cosmopolita. Tenho viajado bastante, recebo outras influências. O meu perfil multi-instrumentista está presente. A batida, por exemplo, foi feita em cima do som da zabumba — diz Lucy, que analisa: — Este é o som do Nordeste novo, pulsante, de uma galera jovem que se permite misturar. Causa estranheza no início, mas o feedback é positivo porque as pessoas percebem que a mudança é genuína e está dentro de mim.

Na foto de divulgação do single, Lucy aparece vestindo apenas botas de cano alto e a sanfona tampando o restante do corpo, enquanto pisa em uma terra que veio da Paraíba, seu estado natal, para o ensaio. A natural sensualidade também é explorada no clipe, feito com cores quentes, e explorando frames em que a cantora aparece ora de lingerie, deitada numa cama, ora nua apenas enrolada em pisca-pisca.

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— O que a gente queria explorar na capa era que ali estou na minha essência nua e crua. Vai além do corpo. É minha alma nordestina. O álbum que está por vir fala de amor e estou nessa fase em que quero sensualizar mesmo. Estou aí, solta, livre, mais madura, com mais certeza do que quero. As pessoas dizem que eu sou meio selvagem, nesse sentido de fazer o que quero, sem ser domada — diz a cantora, que também vive um momento livre, leve e solta na vida pessoal: — Solteira, sim. Sozinha, não (risos).

Os indícios de que uma guinada mais pop por parte de Lucy estava por vir já poderia ser notado na música “Caçadora”, lançada em abril de 2017. De lá para cá, a cantora viu críticas de que estaria abandonando seu estilo.

— Eu não abandonei as minhas raízes. Eu toco sanfona, tenho meu sotaque, isso faz parte do meu repertório. Sempre defendi que se você quer tocar Charlie Brown Jr com a sanfona, ou fazer um cover de Nirvana, que toque. Arte é liberdade. Nunca vou parar de me inventar, isso que me move. Pessoal, eu sou a mesma, só estou trazendo algo novo — defende Lucy.

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