Durante entrevista nos Emirados Árabes, Lula (foto) voltou a fazer uma análise sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e disse neste domingo que “a decisão da guerra foi tomada pelos dois países”.
Repetindo o tom de declarações dadas em Pequim no dia anterior, o petista voltou a dizer que os Estados Unidos e a União Europeia incentivam a guerra.
“O presidente Putin não toma iniciativa de parar, o Zelensky não toma iniciativa de parar, e Europa e Estados Unidos terminam dando uma contribuição para a continuidade dessa guerra”, afirmou.
Lula também falou sobre o tal plano de criar “um grupo de países que não tem nenhum envolvimento com a guerra” para conversar com Rússia e Ucrânia pelo fim do conflito. “Quando houve a crise econômica de 2008, rapidamente criamos o G20 para tentar salvar a economia. Agora é importante criar outro G20 para acabar com a guerra e estabelecer a paz”, disse.
As críticas do presidente aos Estados Unidos, claro, incomodam Washington. Um integrante da diplomacia americana disse ao jornal O Globo que não há problema em Lula viajar para outros países e estabelecer parcerias estratégicas. A “surpresa”, porém, foi a forma como o petista se referiu aos EUA. A conclusão dos americanos é que o governo brasileiro apoia a Rússia.
Como mostramos, jornais americanos como o Washington Post, Wall Street Journal e The New York Times criticaram a postura de Lula após encontro com Xi Jinping para tratar da guerra na Ucrânia.
No final de sua visita a Pequim, no sábado, o presidente afirmou que os EUA precisam parar “de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”, para encaminhar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia. (O Antagonista)