Parentes e amigos de um jovem sequestrado no distrito de São Roque do Paraguassu, em Maragogipe, no recôncavo baiano, organizaram manifestações em três pontos da cidade na manhã desta terça-feira (22), em cobrança pelo andamento das investigações.
No dia 22 de janeiro, Eduardo de Jesus Santana, 18 anos, saiu de casa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, com destino à casa da namorada, em Maragogipe, a cerca de 130 quilômetros de distância da sua residência. Desde então, a família não tem mais informações.
De acordo com Crispim de Santana, pai de Eduardo, a namorada do jovem disse que os dois estavam em uma pizzaria no distrito quando foram abordados por homens em um carro preto. Os suspeitos ordenaram que ela saísse de perto, colocaram Eduardo dentro do veículo e fugiram.
Nesta terça-feira (22), um mês após o desaparecimento, o grupo começou a série de protestos no início da manhã, em uma das vias de acesso ao distrito de São Roque de Paraguassu, onde mora a namorada de Eduardo e onde ocorreu o crime. Os manifestantes bloquearam a via principal com pneus e pedaços de madeira e atearam fogo nos objetos.
Em seguida, os familiares e amigos de Eduardo foram em direção à delegacia de Maragogipe, onde fizeram um ato em cobrança por informações sobre o caso. Ainda na manhã desta terça, o grupo seguiu para o fórum da cidade, onde realizou uma manifestação pedindo atenção das autoridades.
“Ele cresceu em Iguaí [distrito vizinho], mas atualmente morava em Camaçari. Sempre ia ver a namorada nesse povoado e estavam juntos há mais de um ano”, disse o pai do rapaz desaparecido.
O pai da vítima acrescentou que, logo após o caso, a garota saiu de Maragogipe e seguiu para Salvador, para a casa de familiares. Ele disse que a mulher prestou depoimento à Polícia Civil e informou a mesma versão dita à família de Eduardo.
Segundo familiares do jovem, ele não tem envolvimento com o crime e a família está desesperada há um mês sem notícias.
“Ele é um menino de bem, não é envolvido em nada. É muito dolorido, ele é filho único, da idade de minha filha”, disse Ivonice Dias, tia de Eduardo.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para ter mais detalhes sobre o desaparecimento do jovem e o andamento das investigações, e aguarda um posicionamento.