Medida foi anunciada pelo governador nesta segunda-feira (28)
O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em alguns ambientes na Bahia. A medida foi anunciada pelo governador Rui Costa, nesta segunda-feira (28), durante um evento.
O governador explicou que vai se reunir com a secretária da Saúde (Sesab), Adélia Pinheiro, para analisar os números da pandemia e estabelecer as medidas “de maior proteção”. O gestor diz que a situação é preocupante, principalmente em Salvador e Região Metropolitana (RMS).
“Há um número crescente de demanda por leitos de UTI e leitos clínicos. A maior demanda etá concentrada na RMS, principalmente na capital. No interior, os números são baixos. Mas pelo histórico de contaminação, esse foi processo da covid, os números crescem nas maiores cidades e depois vai se espalhando nas cidades do interior”, observou. Os locais onde o uso do equipamento será obrigatório ainda serão definidos, durante a reunião, que acontecerá nesta segunda.
O número de leitos no Hospital Espanhol, referência no tratamento da doença, vai ser ampliado até o final da semana. “Autorizei aumentar o número de leitos de UTI e clínico no Espanhol, e deveremos chegar ao número máximo possível ainda esta semana. A demanda está crescente e rápida. Vamos avaliar a tomada de medidas a partir dos números [de casos]”, explicou.
Para Rui, a situação é ainda mais preocupante devido a circulação de diferentes variantes do coronavírus. “No relatório da sexta-feira mostra que nesse processo de contaminação do Brasil e da Bahia há várias variantes contaminando ao mesmo tempo”, pontuou. O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) identificou nas amostras do estado a nova cepa BQ.1. A variante representou 32% de 128 amostras analisadas.
O governador fez um apelo para que as pessoas se vacinem, visto que o agravamento da doença tem acometido mais idosos e pessoas com ciclo vacinal incompleto. “Nos preocupa principalmente o grande número de pessoas não-vacinadas, e isso inclui aquelas que não completaram o ciclo vacinal, não tomaram a primeira, segunda, terceira e quarta doses. Quando você cruz os dados, vê que os casos mais graves são de idosos e não-vacinados. A gente pede que as pessoas se vacinem, não há motivo para que as pessoas continuem morrendo quando tem vacina”. (Correio)