A Polícia Civil do Rio prendeu na manhã desta sexta-feira (12) dois policiais militares suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em 14 de março do ano passado em um crime ainda não esclarecido.
Integrantes da Delegacia de Homicídios e do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação para prender ao menos dois suspeitos de estarem no carro utilizado no crime. A ação foi feita com equipes reduzidas para evitar chamar atenção. Às 5h, equipes já cumpriam mandados de prisão em endereços dos suspeitos.
A Folha confirmou a existência da operação e que os dois presos são policiais militares. Suas identidades, contudo, não foram confirmadas pela reportagem. Segundo o jornal O Globo, um dos presos é o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48. Ele seria um dos suspeitos de ter atirado a arma que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes.
Gomes levava Marielle e uma assessora de um evento da Lapa, centro, para a Tijuca, zona norte. No meio do caminho, em uma região do centro conhecida como Cidade Nova, um carro emparelhou com a do vereadora e uma pessoa disparou, segundo a polícia, uma arma automática.
Segundo o jornal O Globo, o policial Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste. O local é o mesmo que o presidente Jair Bolsonaro tem casa.
A operação desta manhã foi a primeira com a participação do Ministério Público do Rio, por meio do Gaeco, que é o grupo de combate ao crime organizado. Essa unidade investiga crimes principalmente relacionados às milícias no Rio.
De acordo com o jornal carioca, Lessa entrou na lista de suspeitos após ser vítima de uma emboscada, em 28 de abril, trinta dias depois do assassinato da vereadora.
Segundo o portal G1, um segundo suspeito seria o policial militar reformado Élcio Vieira de Queiroz, 36. Ele seria suspeito de estar no carro quando os tiros contra a vereadora foram disparados. (Folhapress)