Um monitoramento via satélite realizado pelo Greenpeace Brasil identificou 130 balsas de garimpo ilegal em atividade no Rio Madeira, entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá, no Amazonas.
A descoberta ocorre cinco meses após a destruição de mais de 450 embarcações durante a Operação Prensa, conduzida pelo Ibama e a Polícia Federal em agosto do ano passado.
A organização ambiental alerta para a retomada das atividades ilegais, destacando que o Rio Madeira enfrenta há mais de 40 anos uma intensa extração de ouro clandestina. De acordo com o Greenpeace, os garimpos embarcados utilizam maquinário pesado para dragar sedimentos do fundo do rio, destruindo o leito, contaminando a água com mercúrio e afetando as comunidades ribeirinhas.
Dados do MapBiomas mostram que a área de garimpo terrestre na bacia do Madeira aumentou de 3.753 hectares em 2007 para 9.660 hectares em 2020 — um crescimento de 5.907 hectares, o equivalente a mais de 8.200 campos de futebol.