Após ser internado em estado grave, morreu, nesta sexta-feira (19), Fabrício Oliveira, homem que passou mal ao comer feijão envenenado, no bairro de Cajazeiras IV, em Salvador. A ex-companheira dele também ingeriu o alimento e morreu no sábado (13).
De acordo com informações da Polícia Civil, a 2° Delegacia de Homicídios segue investigando o caso e um frasco encontrado com Fabrício foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para análise da substância encontrada no feijão.
A Polícia Civil disse ainda que, como Fabrício se encontrava hospitalizado, não foi possível recolher o depoimento dele.
Até então, a polícia não detalha qual a linha de investigação do caso. Não foi divulgado se Rosineide Silva, de 39 anos, fez o feijão ou se o homem levou o alimento e ofereceu para a ex-companheira. Eles foram encontrados na casa onde a mulher morava.
A filha de Rosineide contou que a mãe já tinha sido ameaçada de morte por Fabrício.
“Ele dizia que conseguiria uma arma e ia estourar a cabeça dela. Ele ameaçou dar facada nela. Disse que sabia onde ela trabalhava, porque eles trabalharam juntos”, contou a jovem, que preferiu não revelar a identidade, em entrevista para a TV Bahia.
A família da mulher acredita que ele colocou o veneno na comida. “Ele disse que ia bater lá [no trabalho de Rosineide] e esfaquear ela toda. Que ia pegar arma e ia dar toda na cara dela”, contou a filha.
A jovem ainda revelou que a mãe já tinha registrado Boletim de Ocorrência por violência doméstica contra o ex-companheiro e que o homem chegou a ligar para um familiar dela e pediu para que os filhos de Rosineide fossem tirados do imóvel, porque ia matá-la.
“Inclusive ele ligou para o meu ex-padrasto, pai dos meus irmãos, e mandou tirar meus irmãos de lá, porque ia matar ela”.
Segundo vizinhos, o ex-companheiro de Rosineide Silva teria avisado para um mototáxi que estava com um indigestão após comer feijão. Em seguida, antes de começar a corrida, ele desmaiou e apresentou espuma na boca.
Os moradores acreditaram que ele tinha tido um ataque epiléptico e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O homem foi reanimado e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ficou internado até morrer, nesta sexta.
Após encontrarem um pote de feijão e ouvir o relato do mototáxi, os médicos entraram na casa de Rosineide Silva, mas já a encontraram sem vida, dentro do quarto, também com sinais de envenenamento.
Rosineide deixou quatro filhos. O corpo dela foi sepultado, na terça-feira (16), no Cemitério Municipal de Brotas, na capital baiana.
Fonte: g1 Bahia