Mourão diz que embarcações fantasmas podem ter lançado óleo no mar

Vice-presidente ressaltou que o governo apura as causas da mancha de óleo. Foto: Jorge Gauthier/CORREIO

Durante uma coletiva de imprensa realizada em Roma, na Itália, para a canonização de Irmã Dulce, nesta sexta-feira (11), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que embarcações “fantasmas” podem estar envolvidas no vazamento de petróleo cru que atingiu o litoral do Nordeste. 

“A Marinha tem a suspeita que (o óleo) tenha sido (lançado) de 30 embarcações, mas nós também sabemos que existem aquelas chamadas embarcações fantasmas, que são navios irregulares e realizam contrabando – seja de petróleo ou outro tipo – que podem estar envolvidas”, afirmou Mourão, sem deixar de ressaltar que o governo apura a origem das manchas.

Em nota, a Marinha do Brasil afirmou ter notificado 30 navios-tanque de dez bandeiras que estão no litoral brasileiro a prestarem informações. Instituições dos Estados Unidos (EUA) participam da investigação sobre a origem do óleo, segundo a instituição.

Mourão afirmou ainda que o óleo não é de fácil identificação por ser transportado abaixo da superfície do mar. “Não é uma mancha de óleo que viaja pela água como outras que a gente conhece. É estranho porque vem por baixo d’agua e aflora nas praias. Tem 40 dias, mais ou menos, que essas manchas começaram a aparecer nas nossas praias”, ressaltou.

Sobre os laudos de que o óleo deve ser de uma bacia petrolífera da Venezuela, o vice-presidente pontuou que isso não indica que o país vizinho tenha lançado os resíduos ao mar. 

Das localidades afetadas, a praia de Guarajuba, em Camaçari, é a que tem o pior estado na região metropolitana de Salvador — Foto: Itana Alencar/G1 BA

Nesta quinta-feira (10), foi divulgado um laudo produzido pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), que indicou mais uma vez que o óleo encontrado no Nordeste é proveniente de bacia petrolífera da Venezuela. Anteriormente, a Marinha do Brasil e a Petrobras haviam chegado à mesma conclusão.

O novo documento foi produzido com a justificativa de ser independente e mais um instrumento de colaboração com as investigações. Também nesta quinta, a Marinha informou que a mancha avançou pelo litoral e já chegou a Arembepe, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). (Correio da Bahia)

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