Um pastor evangélico da Bahia foi obrigado a se retratar após promover uma campanha de boicote a empresas que promovem o ativismo LGBT em que se referiu ao relacionamento entre pessoas do mesmo sexo como “homossexualismo”.
O pastor Carlos César Januário, da Primeira Igreja Batista de Ipiaú (BA), leu durante um culto de quarta-feira uma retratação redigida em parceria com o MP (Ministério Público) estadual por ter usado o termo “homossexualismo” – que é considerado pejorativo – ao invés de homossexualidade.
Embora estivesse falando a partir de um contexto resguardado pela liberdade religiosa, o culto foi transmitido pelo canal da igreja no YouTube, e militantes LGBT acionaram o Ministério Público contra o pastor.
Assessorado por seu advogado, o pastor esclareceu sua motivação durante audiências com a promotora de Justiça Alícia Violeta Botelho, enfatizando que não há, de sua parte, elementos de preconceito contra as pessoas homossexuais.
No culto posterior à assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o pastor reservou os minutos iniciais de seu sermão para ler o texto em que se retratou pelo uso do termo considerado pejorativo.
“O objetivo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi garantir o respeito à dignidade da pessoa humana e à diversidade sexual como decorrência dos direitos fundamentais ao livre desenvolvimento da personalidade, da liberdade e da igualdade, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão e à liberdade religiosa”, disse o pastor.
Confira um trecho da pregação que foi alvo de protestos da militância LGBT:
por Tiago Chagas / via Gospel +