O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nessa quinta-feira (21), três acusados pelas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. O órgão ofertou a acusação ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita. A ação segue em segredo de Justiça. As informações são da Metrópoles.
De acordo com a Procuradoria, foram denunciados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver Amarildo Oliveira (conhecido como Pelado), Oseney de Oliveira (o Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (o Pelado da Dinha).
O Ministério Público argumenta que Amarildo e Jefferson confessaram os crimes. A participação de Oseney, por sua vez, foi comprovada por depoimentos de testemunhas.
O órgão afirma ainda que já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal no território indígena.”O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF [Ministério Público] como motivo fútil e pode agravar a pena”, diz a Procuradoria, em comunicado.
O Ministério Público também cita que Bruno foi morto com três tiros, sendo um pelas costas, sem possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime. Dom foi morto, segundo o Ministério Público, “apenas por estar com Bruno, de modo a assegurar a impunidade pelo crime anterior”. O assassinato de Bruno e Dom envolveu um grupo de pescadores ilegais, que atuam principalmente com pesca do pirarucu, segundo indícios coletados nas investigações. (Bahia.ba)