Na noite desta segunda-feira (19), na sessão da Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus, o vereador Uberdan Cardoso (PT), evidencia ao mostrar nota fiscal relacionando fraudes na secretaria de saúde do município.
Na ocasião, Uberdan questiona ao vereador Dr. Gilvandro Couto, popular Dr. Gil (PSDB), se o município possui Azitromicina de 1 grama, antibiótico essencial utilizado contra infecções causadas por alguns tipos de bactérias, principalmente as respiratórias e as sexualmente transmissíveis (ISTs). “Na verdade, Azitromicina de 1 grama acho que na gestão não teve, essa gestão eu vi apenas Azitromicina de 250 mg, que agente praticamente prescreve apenas para adolescentes e crianças, e de 1 grama, perante ao posto que trabalho, nunca vi em gestão nenhuma”, expôs Dr. Gil.
Após comentário de Gil, Uberdan fala que esteve na secretaria de saúde onde teve contato com servidoras que constataram a fala do doutor. “Fiz uma visita na parte do almoxarifado onde tive contato com duas servidoras e perguntei a elas se aqui teria Azitromicina de 1g, elas me disseram o seguinte: ‘o senhor não me faça pergunta difícil, quem pode responder é o farmacêutico’, então chamaram o farmacêutico, ele me disse que este antibiótico nunca havia chegado na secretaria de saúde, uma das moças me olhou e me disse: ‘trabalho aqui há 7 anos e o município nunca forneceu Azitromicina de 1 grama’, contou.
Diante das informações, o vereador Uberdan formulou as denúncias na Tribuna da Câmara: “como sou um vereador curioso, percebi que o município pagou o equivalente a R$ 40.960 mil por este mesmo comprimido, a Azitromicina de 1g, ou seja, essa nota de pagamento aqui é fria, isto aqui é uma fraude”, finaliza Uberdan ao mostrar possíveis NF (Notas Fiscais).
SITUAÇÃO DAS FRALDAS GERIÁTRICAS:
As fraldas geriátricas que também tem notas de compra, não estão disponíveis para a população. “O município comprou [fraldas], pagou do mês 12 de 2021 ao mês 04 de 2022. Tenho as notas aqui. Pagou R$ 434.798,30 (quatrocentos e trinta e quatro mil, setecentos e noventa e oito reais e trinta e cinco centavos) em fralda. O município pagou. Está com assinatura de recebido. Como é que o município não tem fralda desde o mês de julho? A gente precisa saber onde foram parar as fraldas ou o dinheiro”, concluiu.
Reportagem: Voz da Bahia
