Condenada em um processo de “despejo por falta de pagamento cumulado com cobrança”, a modelo Najila Trindade tem até esta terça (25) para quitar a dívida de R$ 26,7 mil em aluguéis atrasados ou será obrigada a deixar o local em que vive. Ela mora em um condomínio na zona Sul de São Paulo com apartamentos de três quartos avaliados entre R$ 750 mil e R$ 1 milhão.
A imobiliária que alugou o imóvel onde Najila mora informou que a lei estipula data limite de 25 de junho para quitar o valor devido. Acrescenta que, se o montante for depositado, ela recupera o direito de morar no local. Caso contrário, é despejada.
De acordo com o processo judicial, Najila não quitou o aluguel entre agosto do ano passado e fevereiro deste ano. A dívida levou à condenação em 30 de maio deste ano, um dia antes de ela registrar boletim de ocorrência acusando Neymar de estupro. O juiz Luiz Raphael Valdez escreveu na decisão que não foi apresentado nenhum comprovante de pagamento e deu ganho de causa ao proprietário.
“Julgo procedente o pedido formulado na inicial para (1) declarar rescindido o contrato de locação entabulado entre as partes em razão do inadimplemento contratual do locatário; (2) decretar o despejo do réu por falta de pagamento (art. 9º, III, da Lei 8.245/91) e (3) condenar o réu ao pagamento dos aluguéis e encargos vencidos entre 08/2018 e 02/2019”, determina trecho da decisão do juiz.
O proprietário do imóvel é Marcus Vinícius Picconi, que disse ter enfrentado problemas com Najila durante a vigência do contrato. Ela já havia atrasado em algumas ocasiões e resolvia a situação depois de um certo tempo. Até que, a partir de agosto do ano passado, a modelo deixou de cumprir suas obrigações.
O dono do apartamento afirmou que a modelo chegou a ter a energia elétrica cortada por falta de pagamento e que, acrescidos os valores devidos em IPTU e condomínio, a dívida se aproxima dos R$ 40 mil. Marcus Vinícius ressalta que nunca falou com a inquilina. Ele mora em Barcelona e deixou o imóvel aos cuidados de uma imobiliária.
O apartamento em que Najila morava se tornou foco da apuração do suposto estupro. Logo depois de gravar uma entrevista ao repórter Roberto Cabrini, a modelo acusou que houve um arrombamento no imóvel. A administradora do condomínio esteve na 11ª Delegacia registrando um boletim de ocorrência afirmando o contrário.
Najila nunca procurou a Polícia Civil para comunicar o suposto furto. A modelo afirmou que teria um vídeo que serviria de prova do estupro e que estaria gravado em um tablet guardado no apartamento. As imagens não foram entregues à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, onde o caso é investigado.
A Justiça acatou o pedido da Polícia Civil em expedir um mandado de busca e apreensão no apartamento, mas Najila não foi encontrada, apesar de agentes visitarem o local inúmeras vezes. Moradores do condomínio informaram que ela está fora há dias, mas o carro permanece na garagem. (BN)