Antes de Jonathan Roumie alcançar a fama interpretando Jesus Cristo na série The Chosen, ele enfrentava muitas dificuldades, incluindo momentos em que não sabia quando faria sua próxima refeição. Hoje, as dificuldades são outras, mas têm servido para aproxima-lo de Deus.
Aos 49 anos, o ator Jonathan Roumie é tema de uma série documental chamada Jonathan and Jesus, ainda fora do catálogo dos serviços de streamings no Brasil. Nela, ele fala como a reviravolta em sua vida foi essencial para aprofundar sua espiritualidade.
“Acho que se eu tivesse tido sucesso muito antes em minha carreira, não o teria apreciado dessa forma e certamente não teria desenvolvido a fé que tenho agora da mesma maneira”, disse o ator.
“Talvez eu tivesse chegado lá por outro caminho, mas acho que para mim, todo esse processo de chegar ao ponto em que não teria comida para amanhã, acho que tudo isso fez parte do desígnio de Deus para me fazer perceber que eu precisava depender d’Ele. Eu estava acostumado a depender de mim mesmo e não realmente ativar minha fé de uma maneira que eu acho que Ele sabia que uma vez ativada, poderia ir e mudar o coração das pessoas e mudar o mundo, uma pessoa de cada vez, jogando um personagem baseado no Filho de Deus que mudou o mundo inteiro. Eu não teria maturidade de antemão. Não me identificaria com o sofrimento pelo qual Jesus passou do meu jeito”, acrescentou.
Inspiração
Roumie é católico, mas admite que quanto mais interpreta Jesus, mais sente sede de aprender sobre o Filho de Deus. A série documental sobre sua vida após a fama mostra conversas com outras figuras cristãs, como por exemplo o pastor Francis Chan.
Para o ator, “há mais coisas que nos unem do que nos separam denominacionalmente”, e por isso a interação com evangélicos não costuma ser tensa: “Foi isso que adorei em conhecer todas essas pessoas. Isso apenas me fez perceber que somos todos irmãos e irmãs no Senhor. Acho que se pudermos encontrar maneiras de nos aproximarmos, descobrirmos maneiras de sentar à mesma mesa e partir o pão e sabermos que todos servimos ao mesmo Deus, acho que o mundo será um lugar um pouco melhor. Ter essas conversas é uma forma de chegarmos lá”.
Mesmo com o sucesso, ele sabe que seu rosto agora está profundamente associado a uma figura religiosa tão significativa, e diz que já ouviu pessoas dizendo que tinham sua fisionomia em mente quando oravam, algo que ele admitiu ser perturbador. Esse foi exatamente o ponto de argumento do pastor Voddie Baucham para se recusar a assistir The Chosen.
“Não é realmente meu trabalho controlar o que eles pensam ou como reagem; a única coisa que posso fazer é lembrá-los de que não sou Jesus. Sou Jonathan. Sou uma pessoa. Sou apenas um cara. Estou desempenhando esse papel e tenho uma devoção profunda a Cristo. Acho que deixar as pessoas verem por trás da cortina ajuda a esclarecer essa distinção e essa separação e, esperançosamente, dará às pessoas uma melhor compreensão de quais são os desafios que tenho”, ponderou o ator, segundo informações do portal The Christian Post.