Nikolas Ferreira é denunciado por expor aluna trans em banheiro escolar

Nesta terça-feira (04) os promotores Mário Konichi Júnior, Josely Ramos Pontes e Mônica Sofia da Silva acataram a denúncia das vereadoras Iza Lourença e Bela Gonçalves.

Reprodução

Um vídeo publicado por Nikolas Ferreira (PL), em junho do ano passado, quando ainda era vereador em Belo Horizonte, lhe rendeu uma denúncia no Ministério Público de Minhas Gerais.

Na época, Nikolas foi denunciado por vereadores do Psol, por LGBTFobia e violação do Estatuto da Criança, após divulgar um vídeo criticando a presença de uma aluna transexual de 14 anos, em um banheiro feminino de uma escola.

Nesta terça-feira (04) os promotores Mário Konichi Júnior, Josely Ramos Pontes e Mônica Sofia da Silva acataram a denúncia das vereadoras Iza Lourença e Bela Gonçalves.

No entendimento dos promotores, o deputado agiu de forma discriminatória e, por isso, pedem que a Justiça o condene pelo crime de transfobia. “Ao expor a pessoa através de um canal do YouTube, com mais de 230.000 visualizações, deslegitimando sua identidade, negando-se a tratá-la de acordo com o gênero e nome correspondente e pretendendo coibir a utilização do banheiro de acordo com o gênero que melhor lhe representa, o acusado causa dano irreparável à sua autoestima e identidade, querendo fazê-la acreditar que a sociedade não a reconhece em seu gênero autodeclarado, que ignora sua narrativa de gênero e que a denomina de forma que não condiz com suas vivências. , diz trecho da decisão.

No Twitter, o deputado comentou sobre a denúncia e disse estar aguardando a citação. “Basicamente estou sendo denunciado pelo MPMG por ter protestado contra um homem que entrou em um banheiro feminino onde minha irmã de 15 anos estava. Nada mais. Estou aguardando minha citação pessoal para me defender. Sigamos”, escreveu.

Esta não é a primeira vez que Nikolas Ferreira tem atitude transfóbica. No último dia 08, ele usou uma peruca e fez discurso contra transexuais na Câmara dos Deputados.

Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação chapa do PRTB que o elegeu como vereador em 2020. O motivo da decisão foi uso de candidaturas laranjas de mulheres para fraudar a cota de gênero. A fraude foi reconhecida nesta segunda-feira (03) pelo TSE. (BNews)

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