Está marcada para esta quinta-feira (29) a audiência que julgará Zenilton Tadeu Jatobá pelo acidente que ocasionou a morte da jovem Lorena Laranjeira, 21, e sua sobrinha Lara Laranjeira, 10, em Jacobina no ano passado. O episódio aconteceu na BR-324 e deixou outras quatro pessoas feridas. À época, o condutor fugiu sem prestar socorro. A família de Lorena e Lara teme que ele não compareça ao julgamento.
A batida entre os dois carros, um Palio e um Captur, aconteceu na entrada de Itaitu, distrito de Jacobina, em pista íngreme e mal iluminada durante a noite. A Polícia Rodoviária Federal encontrou bebidas alcoólicas dentro do carro dirigido por Tadeu. A família das vítimas alega que ele teria passado o dia bebendo na cidade vizinha e estaria conduzindo o veículo sob efeito de álcool.
Ao inquérito policial, ele declarou não estar embriagado e que a bebida encontrada no veículo seria de um amigo que o acompanhava no carro na hora do acidente. Sobre a fuga, Tadeu comentou que “não tinha condição física e psicológica para prestar socorro no momento”. Ele se apresentou à delegacia de Jacobina posteriormente.
O inquérito concluiu que as investigações não evidenciaram que nenhum dos condutores dos veículos teria agido com dolo, ou de forma imprudente e negligente, concluindo que se trata de um crime “de menor potencial ofensivo”. No entanto, Laís Laranjeira, irmã de Lorena e tia de Lara, alega que há uma tentativa de atenuação da gravidade do caso na cidade por questões políticas. Tadeu é irmão de Dibas Jatobá, vereador em Jacobina.
“O delegado nos orientou a não continuar com o processo dizendo que isso só iria trazer mais dor à minha mãe, nos foi sugerido abandonar o caso”, afirmou Laís ao Metro1. Para a família, a justiça não foi feita e aparentemente não será. “O irmão tem grande influência na cidade e por isso ele nem chegou a ficar preso. Não nos prestaram nenhum tipo de apoio e a família dele ainda disse que queríamos dinheiro. Dinheiro não traz ninguém de volta, queremos justiça”, disse Laís.
Procurado, o vereador Dibas Jatobá respondeu que é vereador e apenas policiais estadual e federal poderiam comentar sobre crimes de trânsito e infrações. Ele afirmou ainda não estar por dentro do caso. (Metro1)