A terceira fase de implementação do open banking no Brasil , que começa nesta sexta-feira, 29, tem como principal novidade a possibilidade de realizar transações entre transações financeiras, boladas, usando o Pix . Com essa funcionalidade, o consumidor pode fazer compras online pelo sistema de pagamento instantâneo sem precisar abrir o aplicativo do banco.
Ao finalizar o pedido de compra de comida em um aplicativo, por exemplo, além das opções de pagamento tradicionais, como cartões de crédito ou débito e o próprio Pix, vai aparecer também uma janela para o open banking – que não é uma forma de pagamento ou produto, mas sim um sistema.
O diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) , Leandro Vilain, explica que, se o consumidor atendido por pagar pelo open banking, ele vai se logar na conta de seu banco e autorizar que aquele sistema se aposentar o dinheiro para o pagamento de sua conta e o transfira para o destino – seja o aplicativo, seja o restaurante em questão. A transferência será feita por meio do Pix, instantaneamente, sem ecossistema do open banking.
De maneira escalonada, os bancos têm entrado no sistema financeiro aberto e, desde a implementação da segunda fase, no dia 13 de agosto, podem, com porcentuais bastante reduzidos de clientes, ter acesso a dados bancários, como extrato de conta corrente, e cadastrais , como nome e CPF – desde que com a autorização do consumidor. Segundo especialistas, o sistema deve facilitar o relacionamento das instituições com os clientes e aumentar a concorrência no setor .
Agora, na terceira fase, que estava previsto para 30 de agosto, o open banking dá um passo além, em direção à iniciação de pagamentos. Ainda com número reduzido de clientes, para implementação segura da infraestrutura, entidades terceiras ou os bancos próprios vão poder, também com autorização dos consumidores, acesso de contas bancárias e realizar transações de maneira mais rápida. “É um passo a mais em que você permite que um ‘terceiro’ possa movimentar sua conta corrente, sua conta de cartão”, explica Vilain. Enquanto na segunda fase os bancos eram autorizados a “ler” os dados dos clientes, agora, as instituições “escrever” – realizar – transações nas contas dos consumidores.
A institição que fará a iniciação de pagamentos precisa obrigatoriamente ser regulada pelo Banco Central. A expectativa da Febraban é que, no futuro, os próprios bancos também serão esses “iniciadores” da transação.
Uma nova etapa do open banking também abre uma possibilidade de cliente fazer transferências entre instituições sem trocar de aplicativos. Se o consumidor precisa pagar um financiamento imobiliário em um “banco A”, por exemplo, mas todo seu dinheiro está no “banco B”, não será necessário entrar neste aplicativo para transferir o dinheiro para o outro banco. Será possível fazer tudo no próprio aplicativo do “banco A”. (Estadão)