Após dez anos em queda, a Bahia apresenta aumento de 7% no número de acidentes de trabalho em 2018, em comparação com o ano anterior. No total, foram 17.481 acidentes, contra 16.332 em 2017. O maior índice foi apurado em 2009, quando ocorreram 26.483 acidentes e, desde então, os números registravam sucessivas quedas.
Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, plataforma online do Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A maioria dos acidentes do estado ocorre em Salvador (34%), que é seguida pelos municípios de Feira de Santana (7%) e Camaçari (5%).
A Bahia ocupa a oitava posição em número de ocorrências. Em relação às mortes ocorridas no trabalho, o estado registrou 94, do total de 2.022 óbitos em todo o país. Somente no primeiro trimestre de 2019, já são 11 mortes em território baiano, segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
O levantamento também aponta que, em todo o país, a cada dez mil trabalhadores, 102 sofreram algum tipo de acidente, e seis morreram em decorrência da atividade profissional. As causas mais frequentes são falhas no cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho.
Os setores hospitalar, construção de edifícios, transporte rodoviário de carga e atividade de correio são os que mais acumulam acidentes. Na Bahia, foram registradas 2,1 mil lesões como corte, laceração e ferida, provocadas, em sua maioria, por agentes químicos, máquinas e equipamentos, que atingem principalmente partes do corpo como dedo, pé, mão e joelho.
As ocupações em que há mais acidentes são as de técnico de enfermagem, com 4.640 casos; seguido por servente de obras, 3.697; e motorista de caminhão, apresentando um número de 2.536. Já em relação ao gênero, homens sofrem mais acidentes do que mulheres.
Na faixa dos 30 aos 34 anos, mais atingida por acidentes, os homens representam uma taxa 2,4 vezes maior do que elas, sendo 12 mil de vítimas do sexo masculino e cinco mil do feminino. (A Tarde)