Cobranças indevidas e serviços não fornecidos são os pontos que colocam a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) como a empresa que mais motivou clientes a prestar queixa na Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia (Procon), em 2021. São 1.060 registros que reivindicam a cobrança injusta e outros 102 que denunciam que a Coelba deixou de fornecer o principal: energia elétrica.
As queixas contra a empresa correspondem a um crescimento de 83%, de acordo com dados do Procon. As reclamações quase dobraram. As 903 feitas em 2020, agora são 1.655 este ano, considerando o período entre janeiro e outubro. Segundo o Procon, qualquer tipo de queixa pode ser levada ao conhecimento do órgão, exceto processos – estes são com a Justiça.
A Coelba, por sua vez, disse que manteve “o mesmo curso mesmo durante a pandemia e que tem contribuído gradativamente com a melhoria dos indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica”.
CPI
A Coelba divulgou uma nota que tenta explicar informações divulgadas após a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os preços cobrados pela companhia aos baianos.
Segundo a empresa, o lucro líquido nos noves primeiros meses deste ano foi de R$ 1,2 bilhões e não de R$ 10 bilhões em quatro meses como informou o deputado Tum (PSC), autor do pedido de abertura da CPI.
O deputado Tum (PSC) afirmou que há pouca transparência na composição dos preços cobrados aos baianos, além dos “prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo, sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o fornecimento de energia”.
A companhia também negou pressão para esvaziar a CPI. “A Neoenergia Coelba repudia qualquer insinuação de assédio, reforçando o compromisso com seus valores de honestidade e integridade. A empresa reafirma que, de forma legítima e transparente, em um debate construtivo, sempre envidará esforços junto a diversos setores da sociedade, no intuito exclusivo de melhorar os seus serviços e atender a expectativa dos clientes”, diz o documento. (Metro1)