A ergoespirometria é uma prova de esforço máximo que pode ser feita em esteira ergométrica ou em bicicleta, com aumento progressivo da carga de esforço. A duração total varia entre 8 e 12 minutos.
O paciente tem o seu ritmo e frequência cardíaca e a pressão arterial monitorados.
O sistema respiratório é avaliado a cada respiração, assim como o consumo de oxigênio (chamado de VO2) e a produção de gás carbônico pelos músculos do corpo.
Com esses dados, é possível fazer uma avaliação contínua do sistema cardiovascular e respiratório, além do componente muscular, uma grande vantagem para a investigação médica de doenças leves que não mostram alterações quando avaliadas com o paciente em repouso.
Uma das principais indicações do teste ergoespirométrico é a busca diagnóstica em pacientes que apresentam sintomas (cansaço, falta de ar etc.) principalmente durante atividades físicas e, muitas vezes, são assintomáticos em repouso.
O médico e o paciente poderão esclarecer se a causa desses sintomas ao esforço é cardíaca, pulmonar ou muscular periférica (pernas) e fazer a diferenciação entre falta de condicionamento físico (sedentarismo) e doença.
Outras indicações incluem a avaliação pré-operatória para cirurgias. No caso do transplante cardíaco, por exemplo, sabe-se que o consumo máximo de oxigênio atingido pelo paciente tem forte implicação na decisão de já indicar ou não esse tratamento. O mesmo vale na avaliação para o transplante pulmonar.
Pessoas saudáveis também realizam o teste, por diversas indicações. Para aquelas que desejam iniciar uma atividade física regular, por exemplo, o teste ergoespirométrico permite confirmar se as respostas cardiovasculares, pulmonares e musculares estão normais. Além disso, o teste fornece os níveis ideais de treinamento para subsidiar o trabalho de preparação física. (BN)