A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso do antiviral Paxlovid, do laboratório americano Pfizer, para pacientes com covid-19 e que apresentem sintomas leves, mas com “maior risco de hospitalização”.
No entanto, a OMS se mostrou “muito preocupada” porque, como já aconteceu com as vacinas, os países de menor renda terão dificuldade para acessar esse medicamento.
Para pacientes não vacinados, idosos ou imunossuprimidos e sintomas, a organização emitiu uma “recomendação fraca” para o fármaco remdesivir do laboratório americano Gilead, que até então era desaconselhado.
Ainda assim, o Paxlovid deve ser priorizado com relação ao remdesivir, à pílula molnupiravir, da Merck, e aos anticorpos monoclonais, diz a organização, que continua recomendando a vacinação.
“É crucial evitar que as pessoas desenvolvam uma forma grave da doença ou morram. E a vacinação é uma intervenção chave para a prevenção”, declarou a Dra. Janet Diaz, chefe da equipe clínica responsável pela resposta à pandemia em Genebra.
O Paxlovid “reduz mais o número de hospitalizações do que as alternativas, tem menos riscos potenciais do que o antiviral molnupiravir e é mais fácil de administrar do que as opções intravenosas, como remdesivir ou tratamentos com anticorpos”, explicou a OMS.
As recomendações são baseadas em dois ensaios com cerca de 3.100 pacientes que mostraram que o Paxlovid reduziu o risco de hospitalização em 85%.
As indicações valem para maiores de 18 anos e não se aplicam a mulheres grávidas ou lactantes. Nem para pacientes com baixo risco de complicações porque os efeitos positivos são mínimos.
Os especialistas se abstiveram de emitir conselhos para pacientes com formas graves da doença devido à falta de dados. (Bahia.Ba)