Operação Ultima Ratio investiga corrupção no TJMS; cinco desembargadores afastados

Conforme os autos, lobistas, advogados e servidores de influência também estão envolvidos. Propriedades rurais milionárias também foram citadas.

Os suspeitos respondem também por lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas - Foto: Raphael Muller / Ag. A Tarde

Na última quinta-feira, 24, a Operação Ultima Ratio apurou possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Cinco desembargadores suspeitos citados na operação foram afastados.

A PF chegou ao esquema depois de outras duas operações que também investigaram casos de corrupção, mas obtiveram elementos e materiais apreendidos que evidenciaram a suposta venda de sentenças.

Entre as operações que interligam o caso, a Operação Lama Asfáltica, de 2017, investigou uma organização criminosa suspeita de desviar recursos, fraudar licitações e superfaturar obras em Mato Grosso do Sul.

De acordo com matéria do Jornal Metrópoles, a Receita Federal relatou que mais pessoas são investigadas além dos desembargadores.

“Há indícios de envolvimento de advogados e filhos de autoridades. Foram identificadas, por exemplo, situações em que o magistrado responsável pela decisão já havia sido sócio do advogado da parte interessada”, explicou.

Conforme os autos, lobistas, advogados e servidores de influência também se reuniram com desembargadores no esquema de obtenção de decisões favoráveis. Propriedades rurais milionárias também foram citadas em decisões.

Além das vendas ilegais de sentenças, os suspeitos vão responder também por lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas.

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