O mês de outubro é internacionalmente reconhecido como o período de conscientização sobre o câncer de mama e a saúde da mulher. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil mulheres no Brasil devem ser diagnosticadas com a doença até o final de 2024. A campanha “Outubro Rosa” tem sido essencial para encorajar a realização de exames preventivos, como destaca Thiago Nóbrega, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul. “Muitas pessoas ainda têm medo ou falta de informação, e a campanha ajuda a quebrar esses tabus”, disse ele.
A Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que, historicamente, o Outubro Rosa aumenta em até 30% o número de mamografias realizadas nesse período. Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre o câncer de mama e a mamografia:
Mitos e Verdades sobre o Câncer de Mama
- Silicone impede a realização da mamografia?
Mito. O silicone não interfere na mamografia, basta informar ao médico sobre a prótese para que sejam feitos exames adicionais, se necessário. - Traumas nas mamas causam câncer?
Mito. Traumas não causam câncer de mama, mas podem revelar nódulos já existentes. O risco da doença está associado à idade, estilo de vida e fatores hereditários. - É importante conhecer o próprio corpo?
Verdade. O autoexame pode ajudar a identificar alterações. Caso haja alguma anormalidade, é fundamental procurar um especialista. - O período menstrual interfere na mamografia?
Mito. O ciclo menstrual não interfere no exame, mas pode causar desconforto em alguns dias. Por isso, é recomendado realizá-lo após a menstruação. - Não pode usar desodorante no dia da mamografia?
Verdade. Desodorantes e outros cosméticos podem interferir na precisão do exame, e, por isso, devem ser evitados no dia da mamografia. - Gestantes e lactantes não podem fazer mamografia?
Verdade. A mamografia é contraindicada durante a gestação devido à radiação. O ultrassom é uma alternativa segura para essas pacientes.
Prevenção e Tratamento
A prevenção do câncer de mama inclui hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar. Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem até 95% de chance de cura, e os tratamentos se tornam menos invasivos.
Nos últimos anos, houve grandes avanços no tratamento da doença, como a imunoterapia e as terapias-alvo, que têm proporcionado melhores resultados, especialmente em casos mais graves.
