O padre Ramiro José Perotto, da Paróquia São Paulo Apóstolo de Carlinda (MT), foi intimado, ontem (24), a prestar esclarecimentos à Polícia Civil. A convocação veio após o Ministério Público Estadual (MPE) requisitar a instauração de uma investigação criminal por suposto crime de apologia ao estupro. Dias atrás, em postagem nas redes sociais, Ramiro comentou o caso da criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio no Espírito Santo. Para o religioso, a vítima teria “compactuado com tudo”.
Procurado pelo portal UOL, Ramiro não quis comentar sobre a investigação e disse que, para ele, “é assunto encerrado”. De acordo com o MPE, a promotora Laís Rezende, responsável pelo pedido, enviou um ofício para a paróquia onde o padre atuava, solicitando informações sobre as providências administrativas de apuração da conduta do religioso.
Em uma das postagens feitas no dia 17 de agosto, Ramiro pôs em dúvida a inocência da criança e disse que ela estava “estava gostando” dos abusos. “Duvido uma menina ser abusada com 6 anos, por 4 anos, e não falar nada. Aposto minha cara. Ela compactuou com tudo e agora é menina inocente kkk. Gosta de dar então assuma as consequências”, afirmou.
Em carta aberta à imprensa, o padre assumiu a autoria das postagens e justificou que compartilha da “defesa da vida, nunca condenar e tirar julgamentos”. Ramiro também afirmou que não teve intenção de proferir palavras de “baixo calão”. (Metro1)