Papa reclama de ‘compromissos frouxos’ contra aquecimento global

O líder católico sobre o aquecimento global: 'a janela para uma oportunidade ainda está aberta. Não deixemos que se feche' - 23/09/2019 (Yara Nardi/Reuters)
O líder católico sobre o aquecimento global: 'a janela para uma oportunidade ainda está aberta. Não deixemos que se feche' - 23/09/2019 (Yara Nardi/Reuters)

Em vídeo endereçado aos países participantes da Cúpula da Ação Climática, nesta segunda-feira, 23,  o papa Francisco queixou-se dos países por terem assumido compromissos “muitos frouxos” de contenção do aquecimento global e por estarem ainda muito distantes de atingir os objetivos do Acordo de Paris. O encontro se deu nas Nações Unidas, onde nesta terça-feira, 24, os chefes de governo de 196 países discursarão no plenário da Assembléia-Geral.

“Com o Acordo de Paris, a comunidade internacional tomou conhecimento da urgência e necessidade de dar uma resposta coletiva para colaborar na construção de nossa casa comum”, afirmou o pontífice. “No entanto, após quatro anos desse histórico acordo, podemos ver como os compromissos assumidos pelos Estados ainda são muito frouxos, e estão longe de alcançar os objetivos pretendidos”, alertou.

O papa orientou os líderes presentes a colocar “sua inteligência a serviço de outro modelo de progresso” baseado na “honestidade, responsabilidade e coragem”. Para o líder da Igreja Católica, a defesa da natureza e a batalha contra o aquecimento global são fundamentais. A ecologia e a defesa da “casa comum” é um dos princípios do  seu pontificado.

“Temos de colocar nossa inteligência a serviço de outro tipo de progresso mais saudável, mais humano, mais social, mais abrangente, capaz de colocar a economia a serviço da pessoa humana, construir a paz e proteger o meio ambiente”, disse o pontífice, ao citar sua encíclica Laudato si, de 2015, chamada de “encíclica verde”. (VEJA)

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